Àquele que já partiu
Perdemos sua companhia, seu sorriso, seu abraço frágil, suas histórias, sua lucidez, seu amor, sua vida.
Sentimos a dor maior, a saudade imensa, a falta de ar, a dor no peito, o quente das lágrimas, a estática que nos prende ao chão - neste mundo sem poderes, sem forças capazes de mudar tudo - a impotência de todos nós e a magnitude do que há além.
Choramos sua ausência, sua ida, sua falta. Choramos o momento, o depois e o que passou. Choramos por você, por nós mesmos e por vermos outros chorarem.
Sonhamos em voltar, em ir. Sonhamos com o diferente, com a ausência da dor, e com o igual, com o que não deveria ter mudado.
Pensamos em nós mesmos e nos mais próximos que pensam em você, no hoje, no amanhã e no depois.
Amamos o que ficou: as lembranças, os momentos, o orgulho, as fundações sólidas, o amor em si.
Eternizamos sua lembrança, seu rosto, suas palavras, seus ensinamentos.
Em poucos dias, perdemos, sentimos, choramos, pensamos, sonhamos, amamos e eternizamos você.
Um de seus ensinamentos - do maior pai, amigo, mestre e, inegavelmente, professor – deverá ser, hoje, a cadeia orgânica da esperança. Continuemos a aprender com você, que nunca deixou de nos ensinar, acreditando que sua grande lição está por vir, estabelecendo a relatividade infinita da vida, gerada por este termodinâmico sentimento, mesmo fronte ao absoluto.
Rafa, em 31/Jan/06
Para meu avô, Antonio Morais - pai, avô, bisavô, amigo, companheiro, químico, professor e fundador da politécnica (PB). Amado, acima de tudo.
1 comentário:
força Rafa. Força. Ele estpa num lugar bem melhor... pode ter certeza.
beijão.
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