quinta-feira, 31 de julho de 2008

Soneto do sim

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Gabriel era o menino que com palavras podia encantar
Discutia sobre isso e aquilo, talentoso
Mantinha no rosto aquele olhar misterioso
Exibia a beleza mais fácil de se admirar.

Gabriel como ninguém sabia sorrir...
Tanto que fotos não lhe faziam justiça!
Era algo difícil de se reproduzir
Algo vivo, que, ao vivo, enfeitiça.

Sempre vi algo extraordinário naquele rapaz
Bem mais que um discurso, um sorriso, uma paz
Mas qualquer outro que olhasse de certo diria
Que o mundo, um dia, Gabriel mudaria.

Foi quando vi Gabriel sem palavras e tão comovido,
Enquanto da retórica e do fraque meu olhar o despia,
Que escutei a razão que falava ao meu ouvido:

Aquela palavra de Gabriel me libertaria.
Gabriel ali se tornava dela o marido
E a minha mais platônica poesia.


Rafa

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