terça-feira, 26 de dezembro de 2006

Meu poeta, camarada.

"Se Clodoaldo Pereira da Silva de Moraes e eu trocamos dez palavras durante sua vida, foi muito. 'Bom dia, como vai? Até a volta.' Às vezes, nem isso. Há pessoas com quem as palavras são desnecessárias. Nos entendíamos e amávamos mutuamente, meu pai e eu.
A morte chegou pelo interurbano em longas espirais metálicas. Era de madrugada. Ouvi a voz de minha mãe, viúva. De repente, não tinha pai. No escuro de minha casa, em Los Angeles, procurei recompor tua lembrança depois de tanta ausência.
Fragmentos da minha infância boiaram no mar de minhas lágrimas. Vi-me, menino, correndo ao teu encontro. Deste-nos pobreza e amor. A mim, me deste a suprema pobreza: o dom da poesia e a capacidade de amar em silêncio. Foste um pobre. Mendigavas nosso amor em silêncio.
Tua morte, como todas, foi simples. É coisa simples a morte. Dói, depois sossega. Quando sossegou - lembro-me que a manhã raiava em minha casa - já te havia eu recuperado totalmente: tal como te encontras agora, vestido de mim. Não te direi adeus. De vez que acordaste em mim com uma exatidão nunca sonhada."

Vinicius de Moraes

* Faltam-me palavras próprias pra narrar a falta de quem sempre foi tão importante.
Primeira virada de ano sem meu avô, pai duas vezes, mentor, professor maior, amor, referencial e admiração supremos.

** A poesia está guardada. Na caixinha de recortes e na alma. Só ele sentiria orgulho dela. E Deus sabe como eu tenho orgulho de dedicá-la a ele.

Rafa

quarta-feira, 13 de dezembro de 2006

[Is it over? Should I laugh now?]

Yesterday, I got to thinking about jokes. And how I dislike them. I feel that 98% of them are stupid and bound to make you (or should I say me?) uncomfortable. There's nothing worse than when you listen to this stupid joke and you obviously DON'T find it funny at all, but you HAVE to laugh at it - just so that the person who told it won't be embarrassed or even upset.
And, mostly, I loathe people who laugh at the stupid jokes. To me, they might as well be rated as just as stupid as the joke itself.

For people who, at this point, are thinking: "what an incredibly boring person... how can anyone NOT like jokes?", I'll tell you how. There are people who don't like Lost, Sex and the City, Friends (!!!) or even Chico Buarque, so I guess I'm allowed to NOT like something and have people think I'm weird for that.

For those who are wondering, MANY things will surely make me laugh. I love laughing at my sister's sponteneous comments, at my brother-in-law's clueless remarks, at my students' goofiness, at my friends' drunken moments and at myself, whenever possible.

I guess the "funny" element in something comes a lot from the "natural" element of something. Made-up stories won't crack me up. But feel free to amuse me with your own personal stories. Or, at least, please try and stick to those 2% of all jokes that are actually funny.

Rafa

segunda-feira, 4 de dezembro de 2006

Volver

"Almodóvar eh mais que um cineasta.
Eh um gênero cinematográfico."

Eu fui assistir Volver com a lembrança de Má Educação na cabeça. Um filme forte, marcante, injusto com o espectador despreparado. No entanto, me surpreendi. O que vi foi um filme delicado, sensivel e, acima de tudo, capaz de valorizar as mulheres e nosso jeito, digamos, especial, de agir.

Todas as personagens principais são mulheres. E elas são mais que suficientes para levar o filme sem quase representantes do gênero oposto. E, no entanto, não faltam diferenças, ou mesmo amor, neste filme. E amor em sua tradução mais original, de família, amizade, respeito.

Eu devo admitir que, ao final do filme, havia todo um novo respeito brotando em mim por Penelope Cruz. Em uma atuação intensa, carismática e muitíssimo madura, essa atriz já tomada por Hollywood fez valer o título de musa com que Almodovar lhe presenteou.

O filme ensaia um toque sobrenatural, mas termina nos mostrando como tudo eh possível. Esta vida neste mundo eh uma fase e eh preciso cumpri-la. Mesmo que, paradoxalmente, muitas vezes, seja preciso voltar e consertar erros para seguir em frente.

Creio que para nós, mulheres, o filme toma uma dimensao ainda mais especial. Somente nós logo entendemos as relações entre mãe e filha. No entanto, rapazes, ainda há esperança. Almodovar entendeu o que faz ser tão bela esta relação. No minino, procurem em seu filme uma tradução.

Aviso, ainda, que este filme não requer nenhum esforço. Vá ao cinema, sente-se na cadeira e espere os eventos desenrolarem. Se nao tiver paciência de ver além, ainda assim valerá a pena. Se puder pensar um pouco, ficarão belas lições. Me lembrou Thoreau em algum momento: "It's not what you look at that matters, it's what you see."

Saiba que os temas abordados são os mais difíceis possíveis - como abuso sexual, incesto e morte - mas observe como o filme escolhe palavras ao invés de cenas violentas para colocar tais temas.

No mais, o momento com o tango Volver, de Carlos Gardel, lhe lembrará porque você comprou o ingresso.

Quem me conhece sabe o sistema com filmes:
(x) Recomendo
(x) Assistiria de novo

Bjos
Rafa

quinta-feira, 23 de novembro de 2006

Musicoterapia

Tres da minhas tatuagens confirmam o quanto eu sou alucinada por musica. Pois bem, ha uns trechos de musicas q eu acho q TODO MUNDO deveria conhecer e refletir sobre eles.

Aih esta o Top 10 dessa semana

1. Para os ciumentos de plantao:

There'll be no strings to bind your hands
not if my love can't bind your heart
[Angel of the morning - The Pretenders]

2. Pra ensinar aos nossos filhos a ter medo da coisa certa:

Menininha, que graça é você
Uma coisinha assim
Começando a viver
Fique assim, meu amor
Sem crescer
Porque o mundo é ruim, é ruim
E você vai sofrer de repente
Uma desilusão
Porque a vida é somente
Seu bicho-papão
[Valsa para uma menininha - Vinicius de Moraes/Toquinho]

3. Porque a beleza de crescer esta em poder continuar sendo crianca.

Eu apenas queria que voce soubesse
Que esta menina hoje eh uma mulher
E que esta mulher eh uma menina
Que colheu seu fruto flor do seu carinho
Eu apenas queria dizer a todo mundo que me gosta
Que hoje eu me gosto muito mais
Porque me entendo muito mais também
[Eu apenas queria que voce soubesse - Gonzaguinha]

4. Enquanto eu chamo amor de poesia, Arnaldo Jabor chama de prosa e Chico Buarque de bolero.

Me vejo a teu lado
Te amo?
Não lembro
Parece dezembro
De um ano dourado
Parece bolero
Te quero, te quero
Dizer que nao quero
Teus beijos nunca mais
[Anos Dourados - Chico Buarque]

5. Certas coisas sao inexplicaveis.

Something in the way she moves
Attracts me like no other lover
Something in the way she woos me
I don´t want to leave her now
You know I believe and how
[Something - The Beatles]

6. Eh bom saber que mais alguem no mundo eh como eu. Alias, melhor, uma vez que ele conseguiu traduzir em palavras o sentimento.

Oh, darling.
Please believe me.
I'll never do you no harm.
Believe me when I tell you,
I'll never do you no harm.
[Oh, darling - The Beatles]

7. Poucas coisas viram meu estomago. Uma delas eh falta de verdade, veracidade ateh - atencao ao nome do blog... entrou porque quis.

What you've got isn't all that you've been given
Changing your body like you change your jeans
Nothing is ever as it seems
Something tells me it's a marriage made in heaven
Stealing your look from a magazine
Playing the part from a movie scene
[Impressed - Natalie Imbruglia]

8. Existe alguma coisa melhor nesse mundo do que conselhos??? Pelos bons eu pagaria todo e qualquer dinheiro.

It's not time to make a change
Just relax, take it easy
You're still young, that's your fault
There's so much you have to know
Find a girl, settle down
If you want, you can marry her
Look at me, I am old
But I'm happy
[Father and son - Cat Stevens]

9. Porque amar, de fato, eh dar e nao querer nada em troca.

A mim nao importa ser a sombra
Quando voce eh a figura
Ser a situacao
Quando voce eh o assunto
Eu nasci pra estar ao seu lado
Mesmo se nao estamos juntos
E eh por isso que quando gritas
Permaneco calado
[Figura - Orlando Morais]

10. A impressao que eu tenho eh q as vezes o mais simples nao eh o menos complicado... Does that make ANY sense at all??

Now all the simple things are simply too complicated for my life
How'd I get so faithful to my freedom? A selfish kind of life
When all I ever wanted was the simple things
A simple kind of life


Musicoterapia pra a semana toda. Mas soh reflete quem quer.

Rafa

terça-feira, 21 de novembro de 2006

Otra vez lunes!

Monday curse:

- sono: mas muuuuuuuuuito sono.
- aula: NAAAAAAAAAAAAAAAAAAAO!
- mau-humor: talk to the hand.
- desespero: outra semana inteeeira pela frente!
- disposicao: zero a nao-existente.

- O que salva eh a empadinha em boa companhia no fim do dia =]


* Eu soh quero entrar de ferias pra rir na cara das segundas-feiras!

** Vacations, to go, please.

Rafa

domingo, 19 de novembro de 2006

It was about TIME I got back to business!

Have you ever felt like seven days don't just add up to a week? Have you ever noticed how one horrible hour can take much longer than 60 fun minutes?

These days I got to thinking about time. It's funny how it can play tricks on us. On one hand, there's that carpe diem motto I've been trying to follow. On the other hand, how can what we do now, at this very moment and for the sake of it alone, not influence how we'll feel in a minute or a day?

On the process of thinking about all of this, the closest to a conclusion that I've gotten to is that I guess this carpe diem thing does not really exist. Just like I don't believe in "present"... after all, the moment you're done saying that word, it is, then, past.

However, I do believe in moments. I mean, I believe there's instant choices we make that will have an immediate impact. But, still, those are bound to change things that follow.

This has been a long week. It feels like a month now. Lots of fun, tangiroscas, laughter, friends and dates. Only enough to fit in one 7-day week. But great enough to last much longer.

Throughout this week, time has been a loyal friend and a dishonest enemy. First, it seemed to say: "There.. that's your chance: Seize the day. It'll be over before you even know it. No hard feelings this time". Then... tic tac... tic tac... tic tac. Over. Now what? You can't go back and do anything better or say anything differently because it's gone. Never coming back. And you regret that you only worried about that day, or the day afterwards, or the next one. Because now there's a whole bunch of things to think about. There's changes to be made and things to be explained and personality traits to be reviewed. Wouldn't it be easier if you could have just taken the time then to think about what would certainly come next?

But, then again, would you do things differently altogether? I mean, other than those talks you never had, those kisses you never finished, those places you never went to, those people you never introduced, would you change the big picture? I don't think so. So, maybe, just maybe, this carpe diem thing is not all wrong. Maybe there's a little bit of that "present" concept in every past or future moment, and that's how you recognize it.

What comes on next, you brought on yourself. That's what you get for not speaking your mind, for being insecure, for being a hopeless romantic, for listening to people you shouldn't listen to and most importantly for asking so many questions, but not the ones you meant to ask.

It's gonna be a long November.

Rafa

quarta-feira, 4 de outubro de 2006

Presumptuous version of me

Enough with the incessant polling, and, for once, I'll get to answer my own questions.

What cheers me up?
Easy one. Realizing that, while the thought that comes to mind is "it's a freaking world gone mad!", I get to rise above it all. There's nothing better than feeling like you've grown up to be a pretty decent human being. Nothing to hide, nothing to be ashamed of, nothing to feel sorry for.
I've screwed up. Yes, I have. But I've made my peace with it and with everyone involved. And no one (I said NO ONE) could ever accuse me of neglecting, lying or specially cheating on them. As it turns out, looking back is actually quite easy to me. No enemies, no secrets, no brokenhearts. How many people can say that without, at that point, messing up with one of these principles? How very decent of me.

What brings me down?
Even easier. Ignorance. In all its glory. I don't mean Lula-like ignorant, but I mean people-who-call-Lula-ignorant kind of ignorance. The worst anyone can do is think they'll get away with things. Or even statements like those. They won't. YOU won't. And that's ignorant of you to even think. Or maybe you think you know someone when you actually don't... another common ignorant thought. Or maybe you think the world would be a better place if you had three wishes and you would be able to fix it YOUR way. How very ignorant of me.

In spite of all of this mess I've been put through (hence the crankiness in this post)- tests, elections, rumors, lectures, deception, work, wake-up calls, and then on - I still have some hope left! How very romantic of me.

Here's a poem that often cheers me up and lets me NOT forget why I won't ever change, why greed and dishonesty will never overtake me. I guess somehow I feel I could've written it... How very snob of me.

If I can stop one heart from breaking,
I shall not live in vain;
If I can ease one life the aching,
Or cool one pain,
Or help one fainting robin
Onto his nest again,
I shall not live in vain.

[Emily Dickinson]


That's it for now. Gotta go get cheered up by my friends :)) And may I just say a fine selection of people who hold principles just like mine and stick to them. And, hey, maybe you're one of them. Maybe not... but feel free to try harder. How very disdainful of me.


Immodest Rafa - just for today.

quarta-feira, 27 de setembro de 2006

Something to reflect upon (if you're in the mood to do so).

Richard Cory

Edwin Arlington Robinson

Whenever Richard Cory went downtown,
We people on the pavement looked at him.
He was a gentleman from sole to crown,
Clean favored, and imperially slim.

And he was always quietly arrayed,
And he was always human when he talked;
But still he fluttered pulses when he said,
"Good-morning," and he glittered when he walked.

And he was rich -yes, richer than a king-
And admirably schooled in every grace.
In fine, we thought that he was everything
To make us wish that we were in his place.

So on we worked, and waited for the light,
And went without the meat, and cursed the bread;
And Richard Cory, one calm summer night,
Went home and put a bullet through his head.

---

A beautiful poem. An obvious, yet memorable, point: appearances sure are deceiving.

What you see is certainly not what you get. So, take a closer look. Stare, if you have to. Listen. Talk. Analyze, if you may. The point is to see through people. And let them see right through you.

Open book... Open heart ;)

Rafa

sábado, 16 de setembro de 2006

A idade do "Por que?"

Yep, that's right. It's here. It's that time in any kid's life when you just can't help asking questions. That's what I'm going through now, at 22.
As it turns out I have been getting some pretty good, and some awesome, answers.
Here are the results of what I like to call my first few polls:

1. What causes dimples?

(NO, dumbies who answered the technical things, that's not what I was looking for! I already knew that they are really caused by a dominant gene in your DNA; however, this is supposed to be personal, even poetic, if I may).

* Memories
* Good perspective
* THE smile
* Crushes (how very 5th-grade of me)
* Winning (ANY game or just about anything)
* Succeeding (in ANY task or masterplan)
* And the ultimate answer: compliments!

2. What causes frowns?

(I realised there was no other opposite to dimples, except for frowns; they mean the exact opposite and are, just as well, exposed for everyone to see in your face).

* An unexpected answer that successfully counter-argues yours
* Bad memories
* Bad perspective
* Deceit
* Hypocrisy
* Being misinterpreted
* Losing
* Failing
* And the ultimate answer : Traffic!

3. What gives you the butterflies?

(This one is actually still in progress; better answers may come along any minute now. The way I see it, so far, butterflies are a great combination of frowns and dimples. There's definite joy but also some concern).

* Tests
* First dates
* Standing in line to go on a roller coaster
* New tattooes
* The first time you look at some guy and think: "How have I never noticed him before?"
* Airports:
- Seeing people off
- Picking up people you haven't seen in a while
- Departing
- Arriving
* And the ultimate answer (for us, teachers): The 1st day of class with a new group

That's it for now. Honestly, this is all very "journalistic" of me. The point here is to dig deeper. Always. Whether people - and myself - feel comfortable about it or not. The point is not getting the answers. It's asking the right questions.

Rafa

sexta-feira, 10 de março de 2006

Carnaval e Pós-Carnaval

Bom... era pra ter escrito logo depois do carnaval um post sobre ele e agora estar escrevendo sobre o pós, mas eu teria q nascer de novo pra sair tão organizada assim :P

E piora: agora eu vou escrever primeiro sobre o pós e depois sobre o carnaval itself.

Seguinte: Eu nao AGUENTO mais ficar doente!!!! Está ouvindo, Sr todo-poderoso aih d cima???? Ta demai! Pior q eu O-D-E-I-O tirar sangue, tenho horror absoluto àquela agulha entrando na minha veia tao pequenina e sugando os insides dela!!! Sem contar q eh uma cena ridicula. Eu fico sem querer entrar, lagrimas involuntarias caem dos olhos, o moço ou moça q vai tirar sempre OU fica com cara d pena, aih parece q fica meio nervoso(a), OU fica com aquela cara d "drama, drama, drama... desse tamanho e se comportando assim". Aih estico eu o braço com minha fofissima tatuagem da hello kitty e a virada nos olhos eh certa!!! Aquela cara d "eh retardada". E eu tento fazer meu olhar de odio, ou minha cara blasè, mas a essa altura ele(a) já está com a agulha pronta pra me furar e o medo eh maior q eu. TEM QUE ser trauma, velho!!! Eu acho q foi trauma de qnd eu fiquei internada com pneumonia e veio um satanás tirar meu sangue e entrou ar, derramou, foi horríveeel!
Pronto, esse foi o pós. Desde sexta a garganta fudida, febre de 40o, dor de cabeça... Médico, remédio, exames, hospital and so on. Agora q to em pe e mais q rabugenta q perdi aula pra kct, deve ter milhoes de coisas acumuladas no trabalho e ainda to com meu pescoço doendo d tanto dormir mal!

Agora sobre o carnaval, se eh q alguem continuou lendo ate aqui.

Como a maioria sabe, eu NUNCA tinha ido pra Olinda. Isso mesmo. NUUUUNCA. Nao, nao sei pq. Acho q pq sempre tive namorado e ele tb num fazia questao. Passei UM carnaval solteira, post break up, e Olinda era o ULTIMO lugar q eu queria ir... tava na fase: "fechada pra balanço", passasse um homem junto tava matando! Esse ano nao planejei, mas aconteceu. Resolvi q podia ir na sexta a noite e fui sabado.

Essa experiencia vale a pena narrar.
Eu nunca fui uma pessoa, digamos assim, "carnavalesca". Eu num sou mt de dançar nem gosto de lugares com muita gente. Mas eu não queria dizer aos meus filhos q NUNCA tinha ido pro carnaval de Olinda! Entao, what the hell?
Fui pra Olinda no sábado - dia q me JURARAM q era o "mais tranquilo". Amigas, se aquilo eh tranquilo vcs NUNCA MAIS vao poder dizer q EU nao sou!!! Mas foi, no minimo, interessante. Enquanto eu estava la, eu tava me sentindo sufocada com aquele povo todo, eu ABOMINO homem sem camisa - q era so o q tinha la - o sol estava me castigando por td q eu ja fiz d errado nessa vida, queimando minha pele e cegando meus olhos, eu quase morri subindo e descendo aquelas ladeiras, odiei q nao tinha musica nenhuma tocando... mas, qnd eu fui embora, e LOGICO q a volta à realidade rafalike era parada o-bri-ga-to-ria no McD's e AQUELE crispy chicken com coca light, eu me peguei pensando: "eu iria de novo no proximo ano". E num eh q ficou um GOSTINHO DE QUERO MAIS injustificavel?!!!! Eu achei q eu tinha odiado, maaas, parece q alguma parte minha gostou... e creiam q eh (muito) possivel me encontrar no inferno - digo, em Olinda - no proximo ano! :P

No mais, Cordel no domingo, TU-DO q eu esperava q fosse ser. Pulei q so uma louca, quem me conhece NAO ME RECONHECE em show d Cordel! Acho q o q quer q seja q Lirinha toma eu sugo no ar e fico louca tb. Muito bom. Parece q ninguem gostou, so eu. Acho eh pouco, os outros foram pro do começo do ano e eu nao fui :( (to altamente egoista esses dias)

Eh isso, por hora - alias, acho q pela semana. Hoje eh sexta feira e eu estou me recuperando o q significa q vou ter mta coisa pra botar em dia!!!

Bjooos a todos - perdoem a rabugice, mas NINGUEM MERECE crise de garganta todo mes!!!

Rafa

terça-feira, 31 de janeiro de 2006

Àquele que já partiu

Perdemos sua companhia, seu sorriso, seu abraço frágil, suas histórias, sua lucidez, seu amor, sua vida.
Sentimos a dor maior, a saudade imensa, a falta de ar, a dor no peito, o quente das lágrimas, a estática que nos prende ao chão - neste mundo sem poderes, sem forças capazes de mudar tudo - a impotência de todos nós e a magnitude do que há além.
Choramos sua ausência, sua ida, sua falta. Choramos o momento, o depois e o que passou. Choramos por você, por nós mesmos e por vermos outros chorarem.
Sonhamos em voltar, em ir. Sonhamos com o diferente, com a ausência da dor, e com o igual, com o que não deveria ter mudado.
Pensamos em nós mesmos e nos mais próximos que pensam em você, no hoje, no amanhã e no depois.
Amamos o que ficou: as lembranças, os momentos, o orgulho, as fundações sólidas, o amor em si.
Eternizamos sua lembrança, seu rosto, suas palavras, seus ensinamentos.
Em poucos dias, perdemos, sentimos, choramos, pensamos, sonhamos, amamos e eternizamos você.

Um de seus ensinamentos - do maior pai, amigo, mestre e, inegavelmente, professor – deverá ser, hoje, a cadeia orgânica da esperança. Continuemos a aprender com você, que nunca deixou de nos ensinar, acreditando que sua grande lição está por vir, estabelecendo a relatividade infinita da vida, gerada por este termodinâmico sentimento, mesmo fronte ao absoluto.

Rafa, em 31/Jan/06
Para meu avô, Antonio Morais - pai, avô, bisavô, amigo, companheiro, químico, professor e fundador da politécnica (PB). Amado, acima de tudo.

segunda-feira, 16 de janeiro de 2006

Compras, comprinhas, compríssimas =]

Ai, outra fase consumista...

Não sei o q é, se é o calor, se é o ócio (semi-ócio, de fato, agora de volta ao trabalho, part-time) ou a ansiedade das mudanças q estão por vir, mas esses dias eu entrei em outro momento DAQUELES onde comprar é viver!

E, o melhor, comprar sem sair de casa :) Esse conceito de comprar sentadinha na frente do pc, tomando uma coca light gelada, com os pés pra cima (sorry, paps, eu sei q vc reclama), esperar o pacotinho chegar (e mesmo vc tendo pago por ele, qnd ele chega, todo fechadinho, embrulhado, vc sente como se fosse um presente), abrir, correr pra usar... ai, muito bom, com cheirinho de coisa nova.

Eu sou consumista, shopaholic até, e não nego. Sou do tipo q não saio de casa se comprei um livro novo, só pra começar a lê-lo logo. Ou que arruma um programa numa terça à noite pra usar o sapatinho ou a bolsa nova.

Sendo muito sincera, eu admito q eu sou adepta da lei do mínimo esforço. Pra q sair de casa? Dirigir, enfrentar trânsito, procurar vaga no estacionamento, vagar pelo shopping atrás da loja, não encontrar de primeira, andar mais, comprar, não pedir pra embrulhar pra presente (afinal, demoram cem anos e, a essa altura, já tá na cara q é pra vc mesmo), pagar à vista sem ter nenhum desconto, voltar pro carro, dirigir até em ksa, subir até o apartamento... ufa... aí vc já está tão cansado q não tem coragem sequer de usar o q comprou.

Pode me chamar de preguiçosa q vc não me ofende. Eu tenho muuuita preguiça de fazer essas coisas e sou feliz. Pra mim, até experimentar roupa é cansativo. Acho q devo ter um cromossomo Y escondido em mim, pq, se pudesse, faria como meu pai "Tamanho M, tem? Nããããõ, não, não precisa experimentar não (encostando a blusa sobre o peito). Essa cabe."

Comprei coisinhas de todo tipo essas 2 últimas semanas: livros, eletrônicos, dvds, roupinhas, sapatinhos, bolsas, e acessórios, me rendi ao momento consumista. Me rendi, principalmente, aos sites de TU-DO q não deixam o "carrinho" ficar pela metade.

É isso... Eu sou Rafaela, e eu ESTOU viciada em shopping online :)

Bjoss
Rafa

quinta-feira, 12 de janeiro de 2006

Em homenagem ao Sr. Benedito

Howdy =)

To escrevendo especialmente para MarceloH, a única pessoa q ainda tem esperança num blog meu.

Depois de passar no seu blog (http://apatifaria.blogspot.com), cheguei à seguinte conclusão: Marcelo é GENTE QUE FAZ!!! Depois do processo contra a Velox, as ligações à CTTU e ao 190, procurando melhorar as vidas de todos nós, mortais sem poderes super-reclamões! A gente agradece.

De pensar que eu já levei altos calotes, já fiquei meses sem celular e pagando a conta, já permiti q depois d horas d espera outro carrro tomasse minha vaga! Tenho mt q aprender com o Sr. Benetido.

Quem vê essa carinha sempre braba até pensa q eh verdade! Mas eu acho q sou mais wuss q o normal.

Um prof meu na Embassy me chamou de push-over e eu quase tive um ataque. Acho q foi a única vez q fiz valer minha expressão abusada. Mas foi mt desaforo... ele tinha q me descrever em uma palavra e ele escolhe logo essa. Pra piorar o caso, e pra ser sincera, o "ataque" ao qual eu me referi se resumiu a umas placas vermelhas nas minhas bochechas e no meu pescoço, a uma travada potente nos meus dentes e àquela expressão mais de q arrasada.

Outro dia, na famosa Empada, eu tava com uma vontade louca de gritar (de raiva)... devia ter gritado. Eu culpo meu pai pela herança uptight e minha mãe pela finesse de não deixar transparecer. Tá vendo? Freud explica.

Mas o tempo ensina. E, pela brabeza, o Sr. Benedito tb =P

Rafa