domingo, 21 de janeiro de 2007

Oush, lembro não. Pera q eu vou ler de novo.

[A conversa]

Carlos puxa conversa:
Ei, viciada. Tais lendo o q agora?

Rafa responde:
AINDA estou lendo "Notícia de um seqüestro", de García Márquez. To na fase da economia, sabe? Qnd vc começa a sentir q o livro vai acabar e vai desacelerando, lendo menos a cada noite, tristíssima com a ideia de q ele vai acabar. Ou soh quem faz isso sou eu??

Carlos pergunta:
E qual vai ser o proximo?

Rafa explica:
Bom... A seguir, vou ler "Assessoria de encrenca", de Gilda Mattoso, já comprado (pelo pai).

Carlos pensa:
Ummmm...

Rafa se lembra/entende:
Ei! E eu nao sou viciada nao. Eh um habito soh.


[A retratação]

Depois de rever essa conversa, eu cheguei à conclusão inevitável de q ler é, de fato, muito mais q um hábito. É um vício.
Isso mesmo. Eu e outros da minha espécie temos a necessidade de ler, de estar lendo. Afinal, o ato de ler é irresistível.

[Uma explicação rápida ainda neste tema]

1o. A idéia de decifrar as letrinhas já é por demais atraente. Quão genial é esse código que imortaliza e transmite pensamentos? Não é à toa q só aquilo depois do surgimento dele é chamado de "História". Aparentemente, não éramos nada sem ele.

2o. Eu sempre quis ter superpoderes. E a leitura é o mais próximo de um superpoder q eu consegui chegar. Lendo, eu me transporto pra outros mundos, mergulho nas mentes alheias, exploro outros universos.

3o. Eu sinto a necessidade de ler TUDO (isso mesmo, TUDO!) o q cai em minhas mãos. Ora, se está escrito, registrado, deve ser relevante. E além do mais, está logo alí, ao alcance de meus olhos, q estão ociosos aqui...
Eu leio livros, revistas, bula de remédio, pacote de biscoito, contra-capa de cd, legenda (mesmo em filme nacional), blogs de estranhos, instrução de montagem de aparelhos q já montei 49 vezes, rótulo de bebida e até mesmo as teclinhas do teclado que dizem "insert", "home", "end", etc., tantas quantas forem as vezes q eu sento na frente do pc.

[O problema real desta conversa]

Leia novamente a conversa acima.

Leu?

Pronto. Então vc deve ter notado minha demora em responder ao "viciada" hostil desse amigo. Ótimo. Os q convivem mais estão cientes q eu passo por um momento difícil, memory-wise. O qual, inclusive, costumam chamar de alzheimer's visual. Sim, sim, isso eh pq ele se limita mais à minha memória visual. Eu lembro pouquíssimo do q vejo, ou leio. É fácil lembrar das sensações e das minhas conclusões (facílimo) mas "ipsis literis" é uma expressão q eu não poderia usar.

[A relevância da conversa]

Bom. Eu me dei conta que nós, viciados, lemos SEMPRE e esquecemos MAIS FREQÜENTEMENTE AINDA.
Ora, claro! Do contrário, pra que ler de novo? Por que nos privaríamos do prazer indescritível de ler/reler algo?

[O point do post]

Alzheimer's visual não. O que eu tenho é uma sede infinita de leitura. Antes vício que doença.

;)


[Atenção 1]

Pra ter lido até aqui, vc é do meu time, dos viciados nas letrinhas.

E concordou comigo, né? Eeeeh... Incrível como as pessoas acreditam em tudo que possa ser usado como desculpa a favor delas.

[Atenção 2]

Era pra esse post terminar de uma forma mais interessante.
Só q eu JU-RO q num lembro pq comecei a escrever ele... aih fica difícil.
E olhe q eu já li ele 6 vezes.

:*

Rafa

2 comentários:

Benedito disse...

ler não é um vício. é um hábito extremamente sadio e útil em tempos de Big Brother.
E de fato, tive que ler até a metade do texto e depois voltar tudinho. Esquecia no meio do caminho. Ehehehhe.
cheiro!

Anónimo disse...

kkkkk gostei daqui! li tudinho, ri, esqueci e vou reler agora! não tenho nenhum preconceito com o tal do vício! ô bicho bão!
beijo