Soneto de declaração
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Beatriz sempre se negou a escrever
Nem sabia fazer poemas nem gostava de arriscar
Quando Luís lhe deu sua caneta da sorte “para tentar”
Disse muito sério que fizesse por merecer
A menina, em casa, rabiscou horas pra praticar
Voltou munida de sua caneta da sorte, a tremer
Olhava para Luís e tentava se acalmar
Estava nele a lição que não podia esquecer
Chamou-o de lado para mostrar-lhe algo em seu amuleto
E quando sentiu fugir-lhe toda a covardia
Escreveu “eu te amo” no verso de um folheto.
E Luís falou pra Beatriz, enquanto sorria:
Você, hoje, fez muito mais que um soneto.
Resumiu, em um papel, minha biografia.
Rafa
1 comentário:
ainda ontem escutava that's life e me lembrava de voce.
eu lembro é a beleza, inteligência, o talento e do sorriso... quando começarem a comercializar canetas da sorte c me avisa?
PP ;)
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