sexta-feira, 21 de dezembro de 2007

Soneto de declaração

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Beatriz sempre se negou a escrever
Nem sabia fazer poemas nem gostava de arriscar
Quando Luís lhe deu sua caneta da sorte “para tentar”
Disse muito sério que fizesse por merecer

A menina, em casa, rabiscou horas pra praticar
Voltou munida de sua caneta da sorte, a tremer
Olhava para Luís e tentava se acalmar
Estava nele a lição que não podia esquecer

Chamou-o de lado para mostrar-lhe algo em seu amuleto
E quando sentiu fugir-lhe toda a covardia
Escreveu “eu te amo” no verso de um folheto.

E Luís falou pra Beatriz, enquanto sorria:
Você, hoje, fez muito mais que um soneto.
Resumiu, em um papel, minha biografia.


Rafa

1 comentário:

Anónimo disse...

ainda ontem escutava that's life e me lembrava de voce.

eu lembro é a beleza, inteligência, o talento e do sorriso... quando começarem a comercializar canetas da sorte c me avisa?

PP ;)