quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Não sei se caso ou se compro uma bicicleta.

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Por que a gente só tem fé no amor, na dor e no prazer?
Por que a gente arrisca perder tudo, pra ganhar o mundo?
Por que os anos não importam apenas pro vinho e pros amigos?
Por que, se o mundo acabasse amanhã, hoje seria o dia mais feliz de nossas vidas?
Por que se divertir é, necessariamente, se despentear?
Por que “depois da tempestade...” não “sempre vem a gripe”?
Por que eu nasci velha, virei mulher, sou uma menina e só quero ser criança?
Por que outros não tomam sopa e comem letrinhas com tanto prazer?
Por que a escola não ensina, simplesmente, a chorar quando se quer algo e a sorrir quando se quer mais?
Por que pessoas que sempre pensam coletivamente dificilmente se vêem plural?
Por que você, que adora viajar, não vive sem os pés no chão?
Por que ser feliz é rir sozinha – mesmo que dos outros?
Por que você geralmente diz o melhor, mas sempre pensa todo o resto?
Por que tem gente que não olha para o ontem, (sobre)vive hoje e só (se des)espera amanhã?
Por que pensamentos que gritam na cabeça se transformam em ações que silenciam no mundo?
Por que você, que pensa tanto, se aborrece com o espelho, que só faz refletir?
Por que você gosta de inventar, mais ainda de se reinventar, e, ainda mais, de se virar?
Por que para trocarmos pernas reais por asas imaginárias ainda pagamos uma diferença?
Por que existe um dicionário de perguntas e uma bíblia de respostas, e não o contrario?
Por que olhar o tempo passar é perder tempo, se ele está logo ali?
Por que viver dá tanto trabalho, se trabalha-se para viver?
Por que “viver bem” significa muito trabalho, se trabalhar não significa “boa-vida”?

Por que eu teria que casar ou comprar uma bicicleta?


Rafa

quinta-feira, 31 de julho de 2008

Soneto do sim

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Gabriel era o menino que com palavras podia encantar
Discutia sobre isso e aquilo, talentoso
Mantinha no rosto aquele olhar misterioso
Exibia a beleza mais fácil de se admirar.

Gabriel como ninguém sabia sorrir...
Tanto que fotos não lhe faziam justiça!
Era algo difícil de se reproduzir
Algo vivo, que, ao vivo, enfeitiça.

Sempre vi algo extraordinário naquele rapaz
Bem mais que um discurso, um sorriso, uma paz
Mas qualquer outro que olhasse de certo diria
Que o mundo, um dia, Gabriel mudaria.

Foi quando vi Gabriel sem palavras e tão comovido,
Enquanto da retórica e do fraque meu olhar o despia,
Que escutei a razão que falava ao meu ouvido:

Aquela palavra de Gabriel me libertaria.
Gabriel ali se tornava dela o marido
E a minha mais platônica poesia.


Rafa

quinta-feira, 10 de julho de 2008

Tolerância zero com essa lei seca!

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Eu estou revoltada com essa novidade de “lei seca”. Simplesmente, porque eu vejo inúmeras injustiças nessa nova (im)posição de tolerância zero. Então, com um pingo de didática (porque de álcool já não pode) e muita, muita indignação, vamos a elas:

1. Comecemos pelo mais óbvio, que é, sem dúvida, que ninguém (leia-se: ninguém acima de 18 anos, ou seja, legalmente capaz de dirigir), absolutamente ninguém se embriaga com duas doses de vodka ou três cervejas, o antigo limite. Essa história de ZERAR o limite de álcool ingerido é absurda e, mais que isso, infundada.
Eis que eu leio no jornal de hoje: "Diminui em quase 20% o número de acidentes após a campanha de fiscalização da nova lei". ÓBVIO, alguém duvida? Lógico, também, que não é por causa da nova lei, mas por causa da fiscalização! Antes, quando permitiam-se as doses humanamente aceitáveis, não havia qualquer fiscalização. Ou seja, ninguém precisava, de fato, parar depois do segundo copo (leia-se: excluídos aqueles mais responsáveis e/ou aqueles que têm medo da morte, como eu). Agora, querem atribuir a diminuição nos números à lei ultrajante que inventaram!

2. Se brincar, ainda mais óbvio que o ponto um é esse ponto dois: não há estrutura para uma lei seca no Brasil. Olhe, eu já tomei algumas em países como a Alemanha e a Espanha, e já vi outros motoristas tomarem todas, e a questão está na cara até pros mais bêbados: sobram transportes públicos noturnos seguros (de novo, ATÉ para os mais entregues!). Ou seja, para quê a pessoa vai sair de carro, se vai beber? Não há motivo. Vai e volta de ônibus ou metrô, tranqüilamente, dormindo até! Mas AQUI?! Aqui sair de carro é medida de segurança (e ainda num adianta nada, né?!)

3. Alguém já viu balela maior que isso de "amigo da vez"? Pra mim, quando tentam justificar o que isso é, minha mente ativa, prontamente, imagens de pais falando do pólo norte, dos duendes, das renas, com aquela aparente credibilidade. “Amigo da vez”, para mim, é tão lenda quanto o bom velhinho.
Claro, eu explico. Happy hour, por exemplo: estamos todos em nossos trabalhos ou faculdades e saímos pra tomar um choppinho (ou uma vodkinha, de preferência), para, então, seguirmos pras nossas casas. Muito bem, eu não sei você, mas eu moro em Casa Forte e estudo na Boa Vista, com outros tantos colegas de Olinda, Boa Viagem, Setúbal, Espinheiro, Graças, Parnamirim. Então, digamos que saio da faculdade à noite e vou pra um barzinho ali perto, com esses coleguinhas todos, de tantas partes da nossa região metropolitana... Me dizem: “Vai um lanzudo dirigindo” - ou seja, alguém que não bebe e sofre preconceito por isso - “e vamos juntos no carro dele”. Ok. Mas, opa! E nossos carros voltarão pra casa como? Aí, eu pergunto: é pro lanzudo ir dirigindo cada carro até a casa da pessoa? E ele volta pro dele como? Ah, então serão necessários DOIS lanzudos, né? E depois dessa mão de obra toda, os lanzudos-unidos num instante vão querer beber. Jóia: tiro pela culatra, autoridades!

4. “Pega um táxi”. Olhe: táxi eu nem comento. Da última vez que peguei um, o moço-motorista ofereceu a mim e a algumas amigas uma lata de guaraná muito da cavernosa, que só num cheirava a guaraná. Sem deixar de mencionar aquele que pegou a Mário Melo na contra-mão, ou o do último carnaval que eu acredito que achava que 100km/h era limite mínimo de velocidade na volta do Recife antigo, e fez aquela curva do Forte em quinta. Tá bom ou quer que eu conte mais?

5. Hoje, disse um estimado político nosso, dono de tantos dos meus votos, a um dos jornais locais, sobre o lobby dos representantes de bares e restaurantes da cidade: "A lei não proíbe de beber, só proíbe de dirigir". Eh... É quase como dizer que essa frase dele não é ignorante... é pouco inteligente. Pra não dizer “cretina”, porque ele sabe muito bem (como político respeitável e homem inteligente que é) que o problema não é beber e dirigir, ao contrário do que prega essa nova lei: o problema é o quanto se bebe e, aí sim, se deve-se dirigir ou não. Eu sei que bom senso tá em falta no Brasil, mas presumir que não se deve beber NADA porque qualquer xarope pra tosse pode fazer você bater ou matar alguém é dizer que brasileiro, além de “burro”, agora, é, também, deficiente – ou melhor, “especial” - porque processa álcool diferente dos outros seres humanos, né? É o sonho de ser mutante de alguns virando realidade.

5. Ok. Agora, preste atenção nessa imagem do futuro: tiram os carros e habilitações da galera - sim, porque claro que muita gente não vai sentar numa mesa de bar, ou passar a noite numa boate, sem tomar UMA cerveja - e o mundo se livra de motoristas embriagados (e de não-embriagados-porém-bebedores-ocasionais-contidos-e-responsáveis também). Aí, com medo dos motoristas de táxi (que, inclusive, continuarão a beber, porque conhecem todo mundo nos órgãos certos pra eliminar multas e apreensões mesmo...), mais medo ainda dos ônibus na madrugada (porque até sóbria, de dia e num carro, há que se ter medo deles), vamos andar a pé. Imagine bem: uma legião de bêbados-pedestres, atravessando avenidas, tropeçando entre ruas e calçadas, errando o vermelho/verde do sinal... Aí, eu quero só ver os índices de acidentes como vão ficar! Porque não precisa ser muito criativo pra imaginar O CAOS. Carros batendo uns nos outros pra desviar dos bebúns, gente cortando sinal pra fugir dos pinguços, um mói de atropelados... Enfim, o melhor é que os motoristas SÓBRIOS possivelmente serão culpados por eventuais crimes/infrações, que, antes, eram dos que, pelo menos, estavam entorpecidos demais pra sofrer por eles.

6. Tem mais: quem disse que álcool é o maior causador de acidentes? Eu quero esses dados. Porque, pessoalmente, eu nunca vi a morte perto por causa de bebida, mas por causa de pedestres desajustados e ciclistas... E, aliás, ciclistas não vão ter que soprar no bafômetro! Vai ser uma solução óóótima: os playbas, por exemplo, terão superbikes encaralhadas e sairão todos embriagados pelas ruas, botando aquela de “ainda sou saudável”. E você que se cuide, porque, mesmo você sóbrio, e eles bêbados, encosta num pra você ver o rigor da lei!

7. Isso é, acima de tudo e qualquer coisa, uma limitação absurda da nossa liberdade. Lógico que eu não quero bêbados dirigindo, não, longe disso. Mas, se eu posso beber minhas duas doses e me manter comprovadamente química e fisicamente consciente do que estou fazendo, no meu estado normal, eu quero ter o direito de bebê-las, quando e onde eu quiser. E não venham me dizer que “claro que não se mantém o mesmo nível de consciência quando se toma nem o primeiro gole...”, porque eu também não fico com o mesmo nível de atenção ou responsabilidade quando tenho alguma raiva no trabalho – e nem por isso eu posso perder minha carteira - desde que, óbvio, não faça nada de errado que constitua uma infração.

8. Será que é mera coincidência que os políticos que apóiam essa lei andam, lógico, de motorista (pago com o nosso dindin, inclusive)?

9. Eu realmente espero que isso não vá pra frente. O exemplo da lei 9294 ilustra bem minha esperança com relação à adaptação dessa lei seca. Vale lembrar que, há uns dois ou três meses, tentaram banir cigarros de restaurantes e bares, com os melhores argumentos: fumantes passivos, garçons em risco, desconforto geral, etc, etc, etc. Chega em qualquer bar/restaurante agora e puxa um cigarrinho: lá vem o garçom oferecendo fogo! O que mantiveram, sim, foi o fato de não se poder fumar em lugares fechados, o que faz todo sentido e já existia antes. Só que, claro, não se cumpria. “Por quê?” Ora, porque não havia fiscalização – ou você se esquece que aqui é assim?

10. Eu acho que boa parte da minha revolta vem de ter que torcer pra que certas leis caiam! Logo EU, que pondero tanto na escolha dos meus candidatos, que acredito tanto que o Brasil tem futuro se for levado com seriedade, que nunca cometi nenhuma infração, que mal desobedeço regrais sociais, quem dirá formais... Maaas, dentro dessa velha necessidade brasileira de nivelar por baixo, eu quero só esperar para ver se o dia em que eu vou perder minha habilitação vai ser um dos que eu vou estar “bêbada”-sóbria (leia-se: tendo comido um chocolate com licor) ou “bêbada”-nada-bêbada (leia-se: tendo bebido o permitido pelo antigo limite, que não embriaga ninguém). Aliás, para ser bem sincera, eu acho que eu vou é logo embora e vocês que apaguem a luz.


Rafa

terça-feira, 20 de maio de 2008

O poder do copo d'água

[Etnografando]


Nos dias mais quentes, “uma água, por favor”. Nos mais amenos, “não, obrigada”. Na fartura das cachoeiras, desdém: “pode ser, nem lembrava”. No deserto, quase obsessão: “por favor, eu imploro”. O copo d’água, tão constante em nossas vidas, parece oscilar entre valorizado e desmerecido, apesar de se manter sempre tão fundamental.

Na maioria das vezes, passa despercebida toda aquela mágica ao redor dele. Mas, há os que perguntarão se, com água até a metade, você o vê “metade cheio” ou “metade vazio”, e, com sua resposta, determinarão uma das características mais significativas da sua personalidade: “se você o diria metade cheio, é porque você é otimista; se o diria metade vazio, é porque é um pessimista”. Sem falar no poder que as pessoas atribuem ao aparentemente simples copo d’água: parece que cura dor, tristeza, nervosismo, raiva, excitação, histeria, ansiedade... Em qualquer um desses momentos é: “calma, toma um copo d’água”.

Existe, ainda, toda a onipresença e a democracia do referido. Casa, escola, trabalho, festa de aniversario, consultório médico, multinacional, órgão público, centro espírita, em todo canto tem; negro, branco, asiático, índio, jovem ou velho, rico, pobre, classe média, multimilionário, todo mundo pode e, na falta, qualquer um morre. Mais democrático ainda porque quem elege é você: bem gelado, natural, com gás?

Sem falar que, com o custo mínimo na natureza, contraria a lei da oferta e da procura. É anti-capitalista, e ainda incita um quase-socialismo quando faz dizer “mas um copo d’água não se nega a ninguém!”. No mais, é o mais arbitrário: é invariavelmente incolor, inodoro e insípido o tal líquido, e gosta quem quer. Mas alguém faz careta quando toma? É quase uma prova cabal de que a tal neutralidade pode até não agradar, mas, de fato, não desagrada.

Tão indivisível que é: um copo vazio não é nada. Não cura nada, não muda nada, não toca em ninguém. A água sem copo – ou similares - por sua vez, nem mata a sede de imediato, e escorrega, aborrece, engasga. Pense agora na flexibilidade desse símbolo. Copos existem muitos. E água, então, por toda parte. Troque o conteúdo de um para outro e só mudam os limites que seguram o líquido, não há qualquer perda de volume. Imagine que se cada copo fosse um pedacinho da terra ocupado por um individuo, a água dentro deles só poderia representar os mais evoluídos: flexibilidade, poder de adaptação a qualquer tipo de ambiente, sem perder um tantinho do todo que se é é definitivamente uma característica de poucos nesse planeta. E, ainda como a gente, é fundamentalmente singular, mas pode estar plural: forma um belo par com o eterno copo de vinho ou o descartável copinho de café.

Na escassez da guerra, sabemos que é artigo de luxo. Pode até virar arma de poder. Aliás, arma sim, como na briga de namorados – vide qualquer novela mexicana. Na sociedade, é passaporte para a integração aceitável: lavar o rosto, os dentes, as mãos sujas do trabalho, a maquiagem borrada na festa. E é cúmplice: cochilou no trabalho? Joga um pouquinho dele no rosto. E onde põe a dentadura? Se perdeu no acampamento de sobrevivência? Junto à agulha magnetizada faz-se uma bússola. Dá até para se esconder atrás dele para não precisar falar com alguém, ou tomar um gole enquanto respira e toma coragem para fazer uma pergunta indiscreta.

E se depois do pecado é refresco, na religião é purificação. A ciência usa-o como remédio: é a prescrição para cálculos renais, por exemplo. Na linguagem, é lócus de lição: “não faça tempestade em copo d’água”, evitando muitas vezes que um assunto ganhe repercussão maior que sua importância. Na teoria do caos, pode virar inundação e, no dia a dia, se fizer engasgar, por exemplo, capaz até de matar.

E, mesmo com tanto poder, é humilde. É tão humilde que se conforma em ser coadjuvante. Enquanto todos assistem à corrida de São Sivestre e torcem por um ou outro, diferentes a cada ano, o copo d’água é condição sine qua non: são 500 mil deles a cada competição! Nas canções, também já co-estrelou, como na famosa “Traga-me um copo d'água, tenho sede e essa sede pode me matar. Minha garganta pede um pouco d'água. E os meus olhos pedem teu olhar”. Ou Noel, que cantava sobre o botequim e não esqueceria dele “Seu garçom faça o favor de me trazer depressa uma boa média que não seja requentada, um pão bem quente com manteiga à beça, um guardanapo e um copo d'água bem gelada”.

É simples assim explicar a importância do copo d’água para as pessoas. E deve ser fascínio isso que ele exerce, ainda, em mim. Talvez por ser tão próximo, tão presente na minha vida. E eu não sou uma pessoa de intimidades. Aliás, se penso a quantos outros eu permito essa intimidade de encostar na minha boca, parar nos meus lábios, guardar minha respiração para eles e percorrer meu corpo inteiro... só aos poucos que, de fato, me fascinam. Mas vale lembrar que, faça chuva ou faça sol, da África ao pólo norte, na riqueza ou na pobreza, na saúde e na doença, quer queira, quer não, quem pode dizer "desta água não beberei"?


Rafa

sexta-feira, 2 de maio de 2008

24+

Afinal, o que importa não são os anos de vida, mas a vida dos anos.

- Abe Lincoln

domingo, 2 de março de 2008

Cordel pra Malu

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E num é que outro dia
Perguntaram porqu’eu sorria?
Eu contei da minha sobrinha,
Que era a nova terapia

Nem é mais recém-nascida
Já faz até gracinha
Já já vai brincar de casinha
E andar por aí, colorida

Vai pular amarelinha
E se fantasiar de anjinha
[Ou talvez de vaquinha]
Vai passear junto com a tia
E, quem sabe, curtir poesia
[E fotografia!]

Aí, quando chegar a rebeldia
Eu vou ficar na torcida
Pra num fazer engenharia
E mais ainda pra ser sabida

Pra não ser só a boquinha
Que vão comparar com a minha,
É bom que não desperdice simpatia
E tenha um monte de mania

Por mim, num vai nunca ficar sentida
Nem tampouco aborrecida!
Vai ser sempre a mais querida
A que alegrou a minha vida.

[E digo, ainda, em euforia
Que além de ser tia
Da mais fofa menininha
Eu também vou ser madrinha.]


Tia Rafa =)~

Idas e vindas

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Despedida?
Só há indevida.
E partida bandida,
E doída.

Amadurecida,
De repente finda
E “bem-vinda”
E brinda.


Rafa

terça-feira, 1 de janeiro de 2008

O novo, de novo.

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Ultimamente só dele me vejo falar
Me pego esperando ele chegar
Mas só agora, depois de tanto
Sinto como cresce esse tal encanto

Só ele me faz planejar
Faz do meu sonho um acalanto
Traz uma vontade de deixar tudo aflorar
De não sofrer nem causar um só pranto

E é na perspectiva dos abraços e da companhia
Em meio a um momento tão humano
Que eu, como a grande maioria,
[salvo qualquer engano]
Espero ansiosamente pelo dia
Que fará começar esse novo ano.


Rafa2008