domingo, 30 de dezembro de 2007

Para 2008, soluções.

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Inspirada por Oren Arnold, é mais ou menos isso:

- Para os menores, exemplo.
- Para os maiores, tempo.
- Para os merecedores, franqueza.
- Para os demais, distância.
- Para os sonhos, paciência.
- Para as decisões, constância.
- Para os amigos, carinho.
- Para o coração, atenção.
- Para os erros, consciência.
- Para as diferenças, tolerância.
- Para os fatos, maturidade.
- Para a esperança, fé.

- Para mim mesma, respeito.


Rafa2008

sexta-feira, 21 de dezembro de 2007

Soneto de declaração

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Beatriz sempre se negou a escrever
Nem sabia fazer poemas nem gostava de arriscar
Quando Luís lhe deu sua caneta da sorte “para tentar”
Disse muito sério que fizesse por merecer

A menina, em casa, rabiscou horas pra praticar
Voltou munida de sua caneta da sorte, a tremer
Olhava para Luís e tentava se acalmar
Estava nele a lição que não podia esquecer

Chamou-o de lado para mostrar-lhe algo em seu amuleto
E quando sentiu fugir-lhe toda a covardia
Escreveu “eu te amo” no verso de um folheto.

E Luís falou pra Beatriz, enquanto sorria:
Você, hoje, fez muito mais que um soneto.
Resumiu, em um papel, minha biografia.


Rafa

domingo, 16 de dezembro de 2007

Há quem faça.

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Quando me faz olhar,
Faz tremer
E sentir

Quando me faz pensar,
Faz mexer
E existir

Quando me faz corar,
Faz querer
E assumir

Quando me faz apaixonar,
Faz escrever
E sorrir.


Rafa

quarta-feira, 21 de novembro de 2007

Rafaela, por ela.

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Essa moça que trela
Que atropela
E se desmantela
Essa moça que apela
Que protela
E se rebela
Essa moça amarela
Tagarela
Essa moça já foi aquarela
Foi novela
E agora é só dela.

Essa moça?
É Rafaela.

quarta-feira, 7 de novembro de 2007

singular pluralidade

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Me parece que na vida
Há quem pode tudo
Quem se queda comedida
E quem escraviza um escudo.

Me parece que no caminho
É preciso confiar
Até para andar sozinho
Ou para aprender a amar.

Me parece que no peito
Muito mais que batimento
Mora mais que satisfeito
Todo aquele atrevimento.

Me parece que a pele
Mais que isolamento
Permite que se revele
O perfeito acolhimento

Me parece que no olhar
Além da famosa alma
É preciso revelar
Tanta e toda calma.

Me parece que nas mãos
Movem-se consentimentos
E a cada toque que dão
Inutilizam depoimentos.

Me parece que da boca
Mais que pronunciamento
E ainda que rouca
Deve brotar entendimento.

Me parece que a mente
Não entende, mas consente
Enquanto protege do que teme
E treme.

Me parece que é o sentimento
E tantas vezes ferimento
Que guarda cada momento
Num lugar além do esquecimento.

Porque me parece que no fundo
Ninguém pode ter um só tormento
Quiçá um único alumbramento
Sem sentir um mundo.


Rafa

segunda-feira, 29 de outubro de 2007

Prison Break

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- So, what do we do now?
- Now... we run.

Ge-nial.

Vá por mim. Assista.


Rafa

sábado, 22 de setembro de 2007

Sobre professores, alunos e jornalistas

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Esses dias, eu me dei conta que eu tenho ensinado por 7 anos e não houve um minuto, até hoje, em que eu não tenha sido extremamente grata pelo quão extraordinário tem sido. Praserbemsincera, é tão ótimo que eu comecei a me perguntar como eu poderia parar de ensinar um dia. Com o tempo passando, e meu lado jornalístico se encaminhando, eu acho que essa mudança assustadora de área pode estar muito próxima.

Um coisa é certa: Eu acho que nunca poderia parar completamente. Realmente me parece que ensinar se tornou um vício pra mim. Mas eu acho que devo dizer que “eu posso parar”, mas que só não sei se serei tão feliz quanto tenho sido nesses 7 anos.

Então, permita-me explicar o que ensinar significa pra mim.

Em primeiro lugar, existe aquela sensação boba que um colega de ofício um dia narrou de forma tão precisa:

"Primeiro dia de aula. Eu entro na sala e digo ‘Boa tarde’ e todos os alunos, em coro, me respondem. Depois, mando todos abrirem seus livros, e eles abrem. Foi aí que eu percebi: essas pessoas vão fazer qualquer coisa que os mandar fazer... É quase como ter um novo super-poder, de mandar em advogados, médicos, políticos, mães, pais... Que maravilha!"

Então, o tempo passa, e esse “poder” deixa de ser uma sensação boba, uma vez que você se dá conta de que você pode realmente mudar as coisas pra essas pessoas. E não estou falando de mudanças do tipo “falar inglês pode melhorar sua vida”. Eu falo de você poder, de fato, conversar com essas pessoas por um número de horas toda semana, criar laços com elas, aprender com elas, ensina-las com suas próprias – ainda que poucas – experiências pessoais, e, uma vez ou outra, se tornar uma pessoa em quem eles vão pensar com carinho, que vão citar em determinados momentos e de quem vão se lembrar por muito, muito tempo. Para mim, isso é impagável. A idéia de um de meus alunos dizendo “mas a minha professora disse que...”, como se estivessem se referindo a um expert é incrível. E o final dessa frase raramente será “... não se usa to depois do can”.

Alunos têm esse jeitinho de nos surpreender com certas coisas, como a lembrança de uma opinião polêmica sua sobre um filme de que você mal se lembra de ter assistido – quem dirá falado sobre ele. Aí chega uma sensação que você tocou aquela pessoa e, possivelmente, a ensinou a olhar para mais de um lado de algo, a pensar, ponderar e se expressar.

Como aluna, eu tive professores que me transformaram no que eu sou hoje. Karen me dizendo que eu deveria ensinar, apesar dos 15 aninhos; Pedro me dando sermão porque “você sabe que vai chegar em casa e vai se ensinar tudo o que tem no livro, mas outros não conseguem fazer isso... então, não converse com seus amigos pra não prejudicá-los”; Terto e seus gritos de “solte a caneta, meu bem, aprenda a escutar, escutaaaaaaaarrrr...”. Pra não falar de tantos outros que me ensinaram exatamente que tipo de pessoa NÃO ser quando eu crescesse.

Quando eu olho pra trás, pra aquele primeiro momento quando eu comecei a ensinar – 16 anos incompletos, calça folgadona, allstar, saia hippie, anel no dedo do pé, ... – eu fico me perguntando como eu tive a coragem de encarar o desafio. Eu acho que eu não tinha era idéia de como isso seria importante na minha vida. Se eu soubesse disso, nessa época, talvez não tivesse encarado. Eu acho que ignorância, às vezes, realmente é uma bênção – outra lição memorável aprendida em sala de aula, como professora.

Ensinar, hoje em dia, envolve todo um conhecimento teórico e metodológico, contexto em que surge, constantemente, o conceito do “information gap” [lacuna de informação]. Quando um indivíduo precisa de uma informação que ele não tem, é a comunicação que possibilita que ele a consiga com outra pessoa. Pronto: o único jeito de se aprender algo é não saber algo. Dessa forma, nós devemos sempre nos lembrar que todos os gênios têm que ter, um dia, sido ignorantes. E, como uma pessoa na busca constante por auto-conhecimento e aprimoramento, eu devo dizer que acho isso muito animador.

No mais, existe todo aquele carinho que esses estranhos estão dispostos a lhe dar. Abraços inesperados, sorrisos, bilhetinhos, palavras de conforto, “obrigado”s, etc. É como se eles estivessem constantemente tentando lhe dizer que você faz parte da vida deles e que eles gostam de você por isso.

Ensinar a adolescentes, então, é todo um outro capítulo. Não há nada melhor que pensar que você pode salvar um ou dois desses jovens complicados, que poderiam se tornar pessoas frias, amargas ou indiferentes, mas, de repente, se tornam presidentes do grêmio estudantil, primeiro lugar no vestibular ou estudantes de artes plásticas (por mais que os pais quisessem que eles fizessem direito ou medicina). E você se dá conta que teve uma participação nessas conquistas quando, algum tempo depois, eles vêm até você e lhe lembram daquele dia quando eles estavam se sentindo de fora, ou pra baixo, e você contou aquela sua história, junto com aquele conselho que você queria ter ouvido, e a perspectiva deles, de repente, mudou.

Eu tento um orgulho inenarrável dos meus alunos, do que quer que seja que eles alcancem. E eu sempre gosto de pensar que posso ter tido qualquer mínima participação para uma vitória deles. Você sabe por quê? Porque qualquer que seja a vitória que eu alcance na minha vida com certeza ela conta com a participação de cada um deles, sem falar na dos meus professores. Porque, sim, eu sou aluna também. E eu percebi que nunca vou deixar de ser, não importa quantas faculdades eu abandone, quantos diplomas eu tenha, quantos cursos eu faça, quantas aulas eu assista. Porque o único pré-requisito para ser aluno – leia-se: aprender - é estar vivo.

E, se você me permite, eu acho que o mesmo vale para ser professor. Toda a idéia do tema desse post começou a tomar forma quando eu percebi meu medo de poder perder isso. Mas, agora, enquanto as palavras e os pensamentos se organizavam no papel, eu percebi que isso não vai acontecer. Na realidade, algumas das melhores lições que eu aprendi não vieram de professores formais. Como aquela da minha mãe, que sempre dizia: “o que muda a vida são as circunstâncias”. Ou a do meu avô, que provava que o silêncio constante é a melhor forma de garantir o momento de ser ouvido à primeira palavra falada. Ou da minha avó, que me ensinou a acreditar no que eu quisesse acreditar, porque, no final das contas, o que conta é a sua fé em algo.

Então, eu creio que a única coisa que precisa ser mantida pra que eu continue sendo tão feliz quanto eu sou hoje como professora é esse tipo de interação, traduzida na tão importante comunicação.

Eis que, de repente, seguir caminho para a área jornalística não parece mais tão assustador.

Rafa

terça-feira, 21 de agosto de 2007

[Dedicatória] Queridos meninos,

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[0. Introdução]
Outro dia, ocorreu-me o pensamento (extremamente negativo) que, quando a discussão é “o que as mulheres querem”, vocês parecem viver um tenebroso ciclo argumentativo (qualquer semelhança com a realidade não sendo mera coincidência) composto por:
errar → mudar → errar de novo → desistir → nos culpar → e seguir sem entender o que procuramos.

[1. Justificativa do tema]
Cansei de vê-los sofrer em tais momentos.
Motivada pelo atual estudo de Pesquisa em Comunicação Social, depois de cuidadosa e extensa observação de uma amostra x de meninas e y de meninos, no período de 1984 a 2007, elaborei como relatório uma lista básica do que nós, meninas, acreditamos ser o mais importante em vocês, rapazes.

[2. Delimitação do tema]
Todos os tópicos dizem respeito particularmente à interação conosco.

[3. Objetivo]
Eles podem ajudá-los a descobrir, afinal, o que esperamos de vocês.

[4. Resultado de pesquisas de campo e bibliográficas]
Primeiramente, saibam que homens devem gostar de mulheres. Não, não é nenhum comentário homofóbico, nem se apresse em colocar um “check” nesse primeiro item. Gostar, aqui, é bem mais que sua escolha sexual.
Gostar, aqui, é ter aquele fascínio nos olhos diante dos movimentos, das reações e das palavras tipicamente femininas.
É aquele quê de Vinícius de Moraes, ao dizer: “uma mulher tem que ter qualquer coisa além da beleza, qualquer coisa que chora, qualquer coisa que sente saudade”.
É esse fascínio pelas diferenças e, em especial, pela delicadeza que é tão nossa.
É, ainda, ter o brilho nos olhos – e aquela água na boca – ao falar da mulher perfeita, da mais linda ou da sua.
É ver um destaque na redução imprecisa do início do tópico: gostar de mulher.

Em segundo lugar, homens devem ser corajosos. Por vezes, até, ousados.
Ousadia, além de charme, traz um elemento de convicção interessantíssimo.
Nem toda a assim-chamada “libertação” feminina conseguiu tirar do homem essa graça de chegar na mulher por quem ele se interessou.
Hoje, podemos até dar o primeiro passo, por vezes. Mas ganha pontos aquele que tem a coragem de abordar.
A leitura é simples: “eu tento, porque se ela não me quiser, só quem perde é ela”.
É aí que está a tal convicção, tão atraente. Na mulher, fica o pensamento “ele deve ter motivos pra ser tão seguro... senão não teria essa coragem toda”.
Mulher não apóia insegurança masculina. Isso a gente já tem. E já estabeleceram por aí que as forças que se atraem são as opostas.

Em terceiro lugar, homens precisam pensar. Mais uma vez: pensar não é apenas aquela atividade desenvolvida por todo e qualquer homo sapiens. Pensar envolve curiosidade, criatividade, cultura, inteligência, perspicácia e até expressão coerente.
Aliás, falar bem é condição sine qua non. E me parece que quem pensa bem fala melhor ainda.

Em quarto lugar, homens devem ser intrigantes.
É preciso manter aquele tom de mistério, manter as diferenças no ar.
É fundamental não dizer tudo, não chegar nem perto de extremos.
Nós, mulheres, somos estudiosas do funcionamento da mente masculina, e, ao contrário de vocês, dificilmente diríamos que “deveriam vir com manual”.
Fazem parte do thrill descobrir aos poucos, pensar e repensar, concluir, e, acima de tudo, ser surpreendida.

Aliás, homens devem trabalhar sempre com o elemento surpresa. Ele pode ser a diferença entre o ‘sim’ e o ‘não’ (Vinícius, que foi casado nove vezes, com mulheres das mais inteligentes e belas, parecia saber disso: “a hora do sim é o descuido do não”, cantava).

E, por fim, homens devem ser educados. Acredite: isso faz toda a diferença.
Homens devem se portar bem, escolher bem as palavras, ter boas maneiras.
Aliás, a qualidade chamada cavalheirismo talvez seja a mais facilmente traduzida em ações, expostas a qualquer olhar, a todo tempo. E homens cavalheiros serão corteses. E cortesia é o par perfeito para a delicadeza feminina.

[5. Hipótese]
No entanto, além desses pontos, vocês precisam ser únicos. É importantíssimo que sua escolhida acredite que nunca encontraria ninguém igual a você. Isso porque você tem aquela combinação de qualidades fundamentais e mais aquela uma coisinha que é só sua. Pra essa aí não há lista de possibilidades, nem fórmula, nem, possivelmente, descrição... só depende de você e dos olhos da sua respectiva. Do contrário, todos vocês seriam apaixonados por La Bündchen e todas nós por Hugh Jackman, com todas aquelas qualidades hors concours.

[6. Conclusão I]
Prasermuitosincera, meninos, meus estudos indicam que não adianta ter tudo o que foi citado pelos entrevistados se não houver uma sintonia que traz essa singularidade aos olhos.

[7. Conclusão II]
Portanto, como toda pesquisa deve trazer algo de essencialmente novo para a sociedade, juro que não me cansarei mais ao ouví-los dizer que não sabem o que queremos. Entendi que, de fato, não podem (nem devem) saber.
Quando descobrirem – e descobrirão de uma amostra unitária, pois minha pesquisa também aponta que não há regra que leve a conjuntos – saberão o que precisam fazer.

Fica, no entanto, o lembrete que, nos resultados acima, como humilde contribuição, está o MÍNIMO exigido.

O resto é com vocês, Darwin, Merlin ou a Mãe Natureza.


Rafa

domingo, 15 de julho de 2007

A gente tem que ter um ídolo

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Contextualização
[Também conhecida como minha eterna mania de explicação]

Outro dia (daqueles do tipo "a cura para o tédio é a curiosidade"), eu cheguei à conclusão que todo ser humano tem que ter, ao menos, uma mania (ou um "TOCzinho"), um vício, um medo, um ponto fraco e um ídolo.
Do contrário, fica normal demais. E, pense bem: gente, por definição, tem que ser singular.
Gente muito normal termina enlouquecendo. E, pior, está fadada a não saber conviver com a loucura. Não é melhor se aceitar (e se assumir) logo "atípico" de que surtar de repente?


O post de hoje
[vide título]

Antes de qualquer coisa, estou sentindo a necessidade de esclarecer o que entendo por ídolo.
Chico Buarque (que muita gente esperava que imperasse nesse texto) não é um ídolo. É um ser inalcançável, em torno do qual eu aloquei (embasadas) características positivas. Tem TUDO de melhor. É perfeito. Portanto, está num patamar de mito ("representação humana ideal, não raro ilusória, sem correspondentes na realidade") .
Um ídolo, de fato, tem que ser humano. E, eu já estabeleci que manias, vícios, medos, pontos fracos e os tais defeitos validam a humanidade [aceite a ambigüidade do termo].
Portanto: não, este post não fala de Chico (nem de McCartney, nem de Bono, nem de Audrey Hepburn).

Meu ídolo, na verdade, carrega meu sobrenome (calma, também não é Vinícius... além do mais, o Moraes dele é com E) e descende da mesma matriz genealógica (viu que nem podia ser?).

E ele é novo. Muito novo. Novo na idade e na alma. No espírito meigo, de rir e fazer rir.
E é experiente, muito experiente. Experiente na idade e na alma. Nos relacionamentos, nas preocupações, na vida profissional.
Aliás, ele talvez seja o mais bem sucedido dos Morais. Coisa que sua modéstia quase palpável nunca lhe permitiria admitir - nem pra si mesmo.
E ele é mais: porque, claro, uma pessoa admirável assim tem que ser generosa. E ela tem que saber que generosidade anda de mãos dadas com o anonimato; que, por sua vez, é primo daquela tal modéstia.

Ele tem, ainda, aquelas características de agradar os olhos.
É beleza daquelas que desconserta as menos mulheres, que desperta inveja nos menos homens.
É beleza daquelas que não sabe que é bonita, e nem imagina que mora, aí, o ponto alto de tanta beleza.

É delicadeza em forma física; energia branca vestida de preto, azul ou amarelo, de paletó ou pés descalços.
É simpatia concreta, delimitada por um sorriso.

Moram nele toda aquela segurança desconsertada, uma personalidade forte disfarçada, aquela curiosidade discreta e uma auto-suficiência escondida.

E ele tem defeitos. Como são importantes os defeitos! Ídolo tem que ser gente. Só gente pode virar exemplo e fazer com que a gente acredite que um dia chega perto de ser tudo aquilo. Se não os tivesse, não o escolheria.
No entanto, pára aqui o parágrafo sobre os defeitos. Porque os dele só estão ali para que ele pudesse ser ídolo. Fora a isso, não cumprem nenhum papel que atrapalhe suas qualidades, não merecendo, sequer, ser mencionados.

E ele tem todo o resto da singularidade humana: os vícios, as manias, os medos, a leveza quanto aos pontos fracos e a paradoxal vontade de mudar. Eu não poderia escrever sobre uma pessoa que não fosse completa. Digo, complexa. Haveria de ser alguém que se pudesse estudar, entender, explicar. E alguém que não se soubesse estudado, nem entendido, e que nunca se tivesse visto explicado.

Escolhi justo, e muito bem, meu ídolo. Ídolo de infância, de brincadeiras, de passeios, de saudade; ídolo de novo de vida adulta, de orgulho, de cumplicidade, e de saudade.
Melhor ainda ser ídolo de sangue. Me faz pensar: "quem sabe, um dia, com todo o esforço e a ajuda extra desse fator genético, num chego lá?".

Isso, porque meu ídolo é, de fato e de direito, a essência do que qualquer um deve almejar ser. Mas, se perguntado, ele possivelmente dirá que o parâmetro do que se deve ser é o ídolo dele.

Essas coisas da humanidade...


Rafa

desambiguação -- humanidade:
1. A natureza humana.
2. O gênero humano.
3. Benevolência, clemência; compaixão.

sábado, 14 de julho de 2007

Argentina vice: Não tem preço!

Muito bem. A Argentina perdeu. Que felicidade!
De quebra, o Brasil ainda ganhou... =]
Perfeito. Hermanos, vice. Brasil, campeão; em cima da Argentina, de 3 a zero.

O que a gente escutou a gurizada cantando na comemoração:

(...)Também somos linha de frente
de toda essa história
Nós somos do tempo do samba
Sem grana, sem glória
Não se discute talento
Mas seu argumento, me faça o favor
Respeite quem pode chegar
onde a gente chegou
E a gente chegou muito bem
Sem desmerecer a ninguém
Enfrentando no peito um certo preconceito
e muito desdém(...)


Gracias, 'hermanos'!
Rafa

terça-feira, 10 de julho de 2007

"Férias"

[Ou, ainda, vacation, em inglês; vacances, em francês; vacanza, em italiano; vakantie, em holandês; e vacaciones, em espanhol. Do latim, vacationem (nom. vacatio): "lazer, estar livre de compromissos"; de vacare: "estar vazio, livre"]


"Férias são um intervalo periódico de descanso de uma atividade constante.
No Brasil, a legislação trabalhista estabelece um mínimo de 20 ou 30 dias consecutivos, por ano, de férias. Aqueles que têm apenas 20 dias podem requerer compensação pelos outros 10 em forma de aumento no salário. Um empregado deve tirar férias necessariamente entre 12 e 24 meses decorridos desde a sua data de contratação, ou desde as últimas férias.
O objetivo das férias é proporcionar um periodo de descanso, sendo assim, o empregado não pode se privar das férias nem por vontade própria, e deverá cumprir, no mínimo, 1/3 do período."



Muito bem. Pois eu quero é saber o que ca***** mudou de quando se cunhou o termo pra agora.

Por que djabos 'férias', hoje em dia, são sinônimo de: ir ao banco, fazer compras, colocar o carro pra consertar, arrumar o guarda-roupa, ir no médico, fazer exames, visitar conhecidos enfermos/recém-casados/com filhos, fazer curso extra, fazer trabalho extra, etc.


Me parece que quem mais se beneficia com as férias dos empregados são os empregadores/escolas/faculdades.
É o tempo de fazer tudo o que se deveria fazer o ano todo mas não se tem tempo. Eles, então, não tem de abrir mão de nem um diazinho dos deles... "usem suas férias", insinuam.


Das minhas, depois dos 12 dias SP-Rio, restam... bem, 2 dias. E, neles, eu ainda preciso terminar uns trabalhos, preparar um monte de material pra a próxima semana, ir na Federal pegar uns documentos (sempre muuito divertido, com toda aquela burocracia!), colocar o sono em dia (e os pés em água quente) pra curar da viagem, entre quase todas as coisas citadas acima.


Junto com amigos na mesma situação, eu proponho uma mudança socio-educativa-constitucional quanto a esse período.
Ou que, pelo menos, sejamos mais honestos e mudemos a definição formal do significado da palavra 'férias'.

Depois ainda dizem que minha geração não se mobiliza pra mudar a realidade =P


Rafa

quinta-feira, 24 de maio de 2007

Como um bom vinho

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Pra quem se lembra, aos 22 veio a idade do "Por que?".
Agora, aos 23, eis que chega a idade do fim da adolescência.
Isso mesmo. Me parece que, aos 23, eu, pela primeira vez desde que consigo me lembrar com clareza, me olhei no espelho e não me vi mais adolescente.
Não vi as incertezas, os dramas, as ansiedades, o desconhecido, a formação diária da personalidade, o imediatismo.
Há traços novos, que ainda não decidi se devo chamar de "juventude" ou "vida adulta".
Há, em mim, um pouco de cada um desses pontos citados acima, mas eles já não aparecem no reflexo no espelho, nem estão mais num mesmo "pacote".

Aliada à mudança no segunda dígito está a notícia (excepcional!) da nova geração de Morais. Parece criança fazendo criança - e mesmo que a criança-mãe tenha seus 27, eu ainda vejo nela os 16 do cabelo anos 80, da mononucleose e do biquini asa delta.
Agora eu vou ser tia. Não importa se filha, neta, irmã, caçula (em todos os títulos anteriores), mas TIA. Que coisa de adulto é ser tia. É ser professora. É ser amiga de infância. É ser "imprensa".

Não há saudosismo nessas palavras. Ao contrário. Eu sou quem mais vê beleza na idade. Adoro as histórias, as palavras, os costumes, as mudanças. Eu curto dizer "quando eu era menina...", e "menina" já pra usar uma expressão bem idosa. Quantas vezes não ouvi "Tu já nascesse velha!" e sorri orgulhosa diante desse suposto xingamento? AdOro! Talvez porque adoro escutar as histórias dos outros, e quero saber, me imagino vivendo em outros tempos.

E digo: não queria nunca ser adolescente de novo. Oh, fasezinha infernal. Vestibular, "2h no máximo!", paixonites descabidas, biologia/química/física, mesada... péssimo. Agora, passou.

O que fica? Fica uma sensação de missão cumprida e uma curiosidade tremenda do que vai estar escrito no capítulo a seguir.

Mas... eu me propus a escrever aqui sobre o que passou. O que vem, já fora dessa ânsia adolescente, não quereria nem tentar adivinhar. Faz parte da recém-chegada maturidade a paciência.

E sobre o que ficou no hoje, no tão efêmero hoje, seria impossível escrever sem o distanciamento necessário. No entanto, claro que no recém-surgido perfeccionismo adulto não poderia faltar algo tão importante.
E eu só conheço um autor com sensibilidade suficiente pra traduzir esse momento pra mim:

Resta, acima de tudo, essa capacidade de ternura
Essa intimidade perfeita com o silêncio [...]

Resta essa comunhão com os sons [...]

Resta essa vontade de chorar diante da beleza
Essa cólera em face da injustiça e o mal-entendido [...]

Resta esse sentimento de infância subitamente desentranhado
De pequenos absurdos
Essa capacidade de rir à toa
Esse ridículo desejo de ser útil
E essa coragem para comprometer-se sem necessidade.

Resta essa distração, essa disponibilidade, essa vagueza
De quem sabe que tudo já foi como será no vir-a-ser [...]

Resta essa faculdade incoercível de sonhar
De transfigurar a realidade,
Dentro dessa incapacidade de aceitá-la tal como é [...]

Resta esse constante esforço para caminhar dentro do labirinto
Esse eterno levantar-se depois de cada queda
Essa busca de equilíbrio no fio da navalha [...]


[Trechos do poema O Haver, extraído do livro "Jardim Noturno - Poemas Inéditos", 1993, de Vinicius de Moraes]

Eu diria, ainda, que resta todo o resto - no sentido lato da palavra, não de sobra, mas de remanescente.
E falta ainda mais: outras fases, outras idades, outras experiências a se somarem a este saldo - cada vez mais positivo.


[Tia] Rafa

domingo, 13 de maio de 2007

Journaliste du jour

Eu decidi qual vai ser meu TCC (Trabalho de Conclusão de Curso).
Eu sei, eu sei, ainda é cedo, muita coisa muda e blábláblá.
Mas vou fazer.
Se não fizer como TCC, farei em qualquer ponto quando tiver sobrando tempo.
Mas vou fazer.

A idéia é a seguinte (favor não plagiar):

* Um documentário. Sim, perigosa a escolha. Digo "perigosa" porque, em comunicação, já existe muita discussão em torno de se documentários constituiriam, ou não, jornalismo. Então, isso ainda daria margem para um estudo paralelo sobre o tema.

* 1a sequência - Fundo preto. Créditos iniciais (Rafaela Morais, curso, ano, etc.). No BG, toca "A Banda", de Chico Buarque. As informações duram apenas o tempo em que a música diz "Estava à toa na vida/ O meu amor me chamou/ Pra ver a banda passar/ Cantando coisas de amor".

* 2a. sequência - Aparece o título do documentário no fundo preto, palavra por palavra. No BG, que sobe, a música diz "A minha gente sofrida/ Despediu-se da dor/ Pra ver a banda passar/ Cantando coisas de amor". Enquanto isso, o espectador lê o título
"A música é o ópio do povo".

* A música segue alta no BG ["O homem sério que contava dinheiro parou/O faroleiro que contava vantagem parou/ A namorada que contava as estrelas parou/ Para ver, ouvir e dar passagem"] enquanto vamos assistindo a imagens intercaladas: em preto e branco, cenas duras das subcondições de vida na cidade do Recife; em cores, imagens de personagens semelhantes, porém nas festas mais tradicionais da cidade, como o carnaval e o São João, feriados, por definição, alegremente embalados por músicas.

* Segue-se a isso uma análise comparativa das frases "A religião é o ópio do povo", máxima repetida por Karl Marx, e a proposta "A música é o ópio do povo", sempre embaladas por trechos de músicas condizentes com o tema (como, em outro exemplo: "Nessas tortuosas trilhas/ A viola me redime/ Creia, ilustre cavalheiro/ Contra fel, moléstia, crime/ Use Dorival Caymmi/ Vá de Jackson do Pandeiro").

* Claro que deverá haver uma série de entrevistas, com psicólogos, sociólogos, cantores/compositores/letristas e pessoas de diferentes perfis.

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Pronto. Eu só tenho a idéia até aqui. Sorry se ficou curioso(a).
Mas eu me comprometi comigo mesma de, à medida que eu for visualizando o negócio, ir adicionando as novas informações nesse post.
Quem sabe, daqui pra lá, esse post num já vai ser meu roteiro?



Rafa

terça-feira, 1 de maio de 2007

O início.

23 anos atrás, eu lutei pelas "Diretas Já!".
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Sim, eu comecei cedo minha vida político-ideológico-filosófica.
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Rafa =)
[1984 - Na maternidade; primeiras horas de vida]

quinta-feira, 26 de abril de 2007

Não, brigada. Eu tô bem.

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- Quer um bolinho, minha filha?
- Não, brigada, vó. Eu tô bem.

- Com licença... Vcs não preferem ir pra aquela outra mesa?
- Não, brigada, moço. Eu tô bem.

- Tem espaço. Dá pra tu vir mais pra cá...
- Não, brigada. Eu tô bem aqui.
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- Né melhor falar no microfone não?
- Não, brigada, professor. Eu tô bem.
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- Entra aqui embaixo da sombrinha, menina. Cabe.
- Não, brigada. Eu tô bem.

- Filezinho com queijo, linguiça toscana, frango com queijo?
- Não, brigada. Eu tô bem.

- Vai, lá, pô. Fala com ele!
- Não, brigada. Eu tô bem.

- Aceita uma água? Um cafezinho?
- Não, brigada. Eu tô bem.

- Quer que eu desligue o ar?
- Não, brigada. Eu tô bem.

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JU-RO que não é chatice. Não é implicância, não é indiferença.
Ao ouvir essas palavras, acredite que eu, de fato, não estou incomodada, não faço questão que se mude nada ao meu redor.

Eu digo à Mama que nós fomos "adestradas" (eu e Renata) para dizer "não". Mas, na verdade, nessa educação que a gente recebeu, os pais foram além: Não só o "não" eh um reflexo (afinal, 'nunca incomodar os outros' foi a lição número 4, página 1, da apostila dos Peregrino de Morais), como a vontade em si de mudar qualquer coisa nesses momentos é inexistente. Não é dizer um "não" por educação e depois ficar pensando "aaai... devia ter dito que sim", é, de fato, internalizar o "não", como se não houvesse outra resposta possível.

Esses dias eu cheguei à conclusão que o meu tão-freqüente "Não, brigada. Eu tô bem." é muito mais que uma recusa discreta e, supostamente, educada; é um estilo de vida, com origens sociais e freudianas.



Rafa

quarta-feira, 25 de abril de 2007

Faz um bem que ninguém me faz

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Incomparável. Insuperável. Inenarrável!
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Rafa

sexta-feira, 20 de abril de 2007

Chico Buarque?

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Não escreve.
Prescreve.

E não canta,
encanta.


'Sei que ele pode ser mil... mas não existe outro igual'


Vê-lo-ei, domingo!
Vou gritar "lindoooo!" e num quero nem saber!
Doida, doooida que ele reclame!!! =)



Rafacasariacomchicobuarquefacilfacil

quinta-feira, 19 de abril de 2007

Escute o menino do violão!

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"Chico Buarque é o jeito mais digno
de fazer música brasileira"

Toquinho, 1998.


É por essas e outras que eu sou fã dele também e irei para
o seu show com a mesma empolgação com que vou ao de Chico!
[Talvez, apenas, sem gritar "lindooo!"]


Rafa

domingo, 15 de abril de 2007

"Hay que endurecer, pero sin perder la ternura jamás"

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Para muitos, já é difícil seguir esta filosofia estabelecida por Guevara. É fácil gritar, fazer cara feia, punir. Difícil, para esses, é entender o que Che traduziu tão bem: sua ação, ou reação, pode ser tão rígida e eficaz quanto você pretender, mas é preciso passar isso aos outros com graça, sem agressividade, sem fazer mal aos outros e a você mesmo. Afinal, se a situação pede que você seja duro, já não deve ser algo que lhe agrada. Deixar a revolta tomar conta de você e sair sem filtros para atingir o seu alvo magoaria os outros e faria você se sentir ainda pior depois.

No entanto, Che não conheceu a internet. Escreveu cartas, sim, que usavam a mesma linguagem sem o fator visual. Mas, cartas, além do fato de serem um tanto mais formais, ou informativas, à época, não tinham o fator de "feedback" imediato que a internet traz.

Eu li um estudo, hoje, que dizia que, dos 14 aos 25 anos, os jovens interagem com amigos, via internet, por 12 vezes mais tempo que "cara-a-cara". Nós, que crescemos em meio às relacões virtuais, usamos a linguagem escrita, via instant messaging, para dizermos o que pensamos, naquele exato momento, sem, muitas vezes, perceber que aquilo que chegou no receptor (e ainda ficou documentado) não pôde ser traduzido em expressões, gestos, olhares, volume e entonação da voz. Para quem lê, são apenas símbolos carregados de valores semânticos pré-estabelecidos. E, no entanto, a compreensão de uma mensagem é influenciada por diversos elementos humanos.

Será que existiria um emoticon capaz de traduzir a ternura que Che nos ensinos ser fundamental?

Então, note: o problema se estendeu*. Para muitos, a própria idéia de "endurecer sem perder a ternura" já era complicada. Agora, eles precisarão achar um jeito de driblar a falta de meios para expor essa ternura, que eles nem sequer praticaram.

Mas essa é a sociedade da objetividade, do tempo curto, da informação rápida. Então, resolveremos essa questão de forma prática: mal-entendidos serão parte do convívio virtual e aos bonequinhos sorridentes daremos o super poder de desfazê-los.

Será possível que vamos tentar, agora, a 'ternura virtual', sem ter, ao menos, estabelecido o conceito no mundo 'físico'? Bem, eu não conheço ninguém capaz de ganhar uma corrida de Formula 1 no joguinho de Java que seja capaz de fazê-lo, também, em Mônaco.

É a inversão maior dos valores comportamentais. Talvez, se Che estivesse vivo, ele mesmo mudasse de idéia. Diria: "Hay que perder la ternura; y, endurecer, jamás". Imagine, agora: sem a ternura e sem lutar por suas convicções [até parece familiar, não?].

O próximo passo seria colocar seu computador na cadeira onde você está sentado e comprar uma CPU grande o suficiente pra você caber dentro dela.


Rafa


* Estender (prolongar, prorrogar) eh com s. Estranho, né? Pq "extensão" e "extensivo" são com x. Acho q escrevi isso errado minha vida toda (eu e as outras 12 pessoas com quem tentei tirar a dúvida)! Mas, no Aurélio, não existe a palavra extender.
http://200.225.157.123/dicaureliopos/home.asp

sábado, 14 de abril de 2007

"Quando as pessoas concordam comigo, sempre sinto que devo estar errado"

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"Generally speaking,
the best people nowadays go into journalism,
the second best into business,
those rubbish into politics
and the shits into law"

[Pt: Falando de um modo geral, as melhores pessoas, hoje em dia, viram jornalistas, as segundas melhores viram empresárias, aqueles inúteis viram políticos e os merdas viram advogados]


Auberon Waugh

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Muito preciso. Não sei o porquê, mas essa é minha opinião também.
No entanto, sinta-se livre pra discordar.


Rafa

segunda-feira, 9 de abril de 2007

Politicamente saudável

O publicitário Washington Olivetto, diretor de criação e presidente da W/Brasil, responsável por algumas das propagandas mais marcantes da publicidade brasileira, resolveu 'doutrinar' sobre o que chamou de "politicamente saudável".

O "politicamente saudável" seria uma atitude que não incorreria na chatice do politicamente correto, nem na possível cafajestagem do incorreto.

Diz Olivetto: "A questão não está em fazer o politicamente correto, que é chato pra cacete. Nem o politicamente incorreto, que pode resvalar para a má educação. A questão é fazer o que eu chamo de "politicamente saudável" - que é aquilo, assim, bacana, inteligente, divertido, gostoso. Esse é o grande caminho."

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Eu admito que tô com o tio Olivetto e não abro!

Mas será que eu posso escrever isso na minha prova de Ética amanhã?

Haja hipocrisia...


Rafa

Globalização? [leia-se: GLOBOlização!]

Trecho Carta Capital:

"[...] o culto a um ponto de foco do corpo feminino acabaria por gerar um símbolo nacional tão poderoso, quase insuperável. Ainda que o silicone em quantidades industriais esteja a levar outro ponto de foco - na verdade uma dupla - a uma disputa corpo a corpo em corações e mentes. Talvez a assimilação de uma preferência historicamente norte-americana.
Coisas da globalização."

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Foi Sociologia da Comunicação demais pra um feriado só!


Rafa

domingo, 1 de abril de 2007

Ou ela, ou ela.

Esperava o momento certo
Esperto, dizia que logo voltava
Amava aquela hora do dia
Podia deixa-la em casa e sair
Fugir para a outra vida que levava.
Falava: “Não demoro, mas sem garantia”
Saía para a rua, clandestino.
Destino fez ela descer um dia
Agonia, pegou ele na hora certa
Boquiaberta: "Tenho que mandá-lo embora"
Chora, mas não há outra opção
Situação como essa é final
Mortal. Nunca pensou que podia
Um dia, sentir tanta tristeza nele
Ele suspirou e baixou a cabeça.
"Reconheça, não vai conseguir
Sair daqui com nós duas em sua vida"
Ferida, ainda ouve: “Mas era, já, a despedida”
Duvida, que piada que escuta!
Reluta e toma coragem
Bobagem seria acreditar
Sarar pra sofrer novamente.
Mente, como mente fácil
Ágil, mas dessa vez, ela viu
Sentiu a dor da confirmação
Concretização do pesadelo
Atropelo nas vidas dele e dela
Aquela que nem conhecia
Fazia dele um estranho
Rebanho desgarrado
Agoniado, não vivia sem ela
Dela que dependia
Euforia que ela causava
Cheirava ali mesmo na rua
Crua, e sua mãe já desconfiava
Bastava, agora bastava
A clínica o esperava.


Rafa

quinta-feira, 29 de março de 2007

Comigo acontece assim

É sempre muito repentino.
Eu nunca sei ao certo qnd vai acontecer.
No momento, sinto aquela coisa nova
Subindo, subindo, vindo lá de dentro.
E chega rápido, muito rápido.
Meu coração bate acelerado
Um aperto forte no peito.
Eu fecho os olhos
Mas meu sono vai embora.
Minhas bochechas vermelhas
Meu corpo sensivelmente quente
Mas minhas mãos geladas.
A boca fora de controle
Sempre com os dentes travados
E o grito fica preso na garganta.
Os ouvidos já não funcionam mais.
As mãos têm vontade própria
E querem apertar, com força.
As pernas tremem, sem controle.


Não é com todo mundo, não.
E não é sempre.
Mas alguns conseguem isso com extrema facilidade.

Vem o cansaço.

Meu corpo volta ao normal.
Eu me reconheço novamente.
E me prometo que nunca mais
vou deixar ninguém me fazer tanta raiva assim.

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[Inspirada, no formato, por Ju Wolfenson e, no
conteúdo, por pessoas que não merecem ser citadas]


Rafa

quarta-feira, 14 de março de 2007

Quem mais se garante se garante menos do que ela!

Todo mundo sabe que eu sou fã da internet. Massss... esses dias, tive uma recompensa perfeita pra todas as horas surfando, lendo, baixando coisas.

O blog dessa pessoa a quem me refiro no título desse post (link pra ele, por sinal), Ju Wolfenson, é, simplesmente, fantástico. Ela tem o dom, escreve muuuito bem. Meu primeiro comentário lá foi que, se eu tivesse uma editora, ela já estaria com o livro dela na mão!

Eis que pedi autorização pra postar esses que foram talvez as MELHORES coisas que li esse ano [e olhe que já vou no 3o livro]!

Então, leiam e se encantem. E não deixem de olhar o blog to-do, tão bom quanto os textos que eu escolhi!


By Ju Wolfenson:


O primeiro...

Resolveu experimentar o que muitos já haviam descrito como indescritível. Entregou-se ao momento. Tampou a respiração, fechou os olhos com força e sentiu a pressão tomar conta de todo seu corpo quando ia mais para baixo. Os braços e as pernas mexiam-se numa sincronia inacreditável. O que se via no rosto era uma felicidade estampada, gritada, molhada. O coração excitado bateu disparado, achou que nem fosse resistir à tão intensa emoção. Abriu os olhos com dificuldade, tentou enxergar por entre a imagem embaçada que se fazia e sorriu largo quando viu as cores, vivas. O gosto salgado em sua boca jamais seria esquecido. Era gosto de mar.


Instinto

Foi daqueles de revirar os olhos, sabe? Ai. Perdeu os sentidos. O corpo inteirinho tremia. Uma sensação inesquecível só de lembrar a força que a segurava, olhando assustado, com cara de indefeso e olhos de quem não sabia como agir, completamente entregue às emoções do momento. Era a primeira dele. Ela, tomada pelos movimentos involuntários do corpo, não conseguia nem dizer que estava certo, que era daquele jeitinho mesmo que era para fazer todas as vezes que tivesse um ataque epilético.


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Fantástico, né? =)

Rafa

segunda-feira, 12 de março de 2007

Stand-up comedy III

[Jerry Seinfeld, live on Broadway]

People

- It is amazing what people will believe.
I watch these infomercials late at night and if it gets late enough the products start to look good to me.
I have actually found myself sitting there thinking:
"I don't think I have a knife that can cut through a shoe... I don't think any of my knives are good enough to cut through shoes! I'm gonna get this knife and cut my shoes off. That seems pretty good."
I think the dumbest thing you can do late at night is to think:
"I'm gonna get this thing and get in shape."
It's 3 in the morning, you got potato chip crumbs all over your shirt, you got one eye open, one sock hanging off your foot.
"I'm gonna start working out with this thing. I'm gonna order this thing. This is all I need to get in shape. This is a fantastic device."
Rip-off.
We can't stop getting ripped-off. We're gonna get ripped off.
We think we're not, we think we're very clever, we think we're gonna foil the crooks.
We go to the beach, go in the water, put your wallet in your sneaker, who's gonna know? What criminal mind could penetrate this fortress of security?
"I put it down by the toe. They never look there. They check the heels, they move on."
When you have a TV set in the back of your car and you gotta leave the car in the street for a few minutes so you put a sweater over the TV.
"It's a couple of sweaters, that's all. One of them is square with an antenna coming out of it."

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"Been there, done that", huh?

Rafa

Stand-up comedy II

[Jerry Seinfeld, live on Broadway]

Sports

- I was in London about a month ago, the World Cup was going on. I enjoy any sporting event where nations get involved. I find that the most exciting.
The Olympics is really my favorite sporting event, although I think I have a problem with that silver medal. I think, if I was an Olympic athlete, I would rather come in last then win the silver. If you think about it... You win the gold, you feel good. You win the bronze, you think: "Well, at least I got something." But you win the silver and it's like:
"Congratulations! You... ALMOST won. Of all the LOSERS, you came in first of that group. You're the number one LOSER. No one LOST... ahead of you."
And they don't lose by much in these short races. It's always three hundredths of a second, two hundredths of a second. The guy's gotta be thinking:
"If I had a pimple, I would have won!"

I consider myself something of a sportsman. I like sporty-type things.
Scooba-diving, I did that in Australia. That was a lot of fun. A great activity where your main goal is to NOT die. [...]
I've gone hand gliding, I've gone skydiving, I like a little bit of risk.
I don't know, maybe that's why I do this. I saw a thing, actually a study, on the Discovery Channel that said that speaking in front of a crowd is considered the number one fear of the average person. I found that amazing. Number TWO was death.
Death was number TWO??? This means to the average person, if you have to be at a funeral, you would rather be in the casket than the guy doing the eulogy.

Skydiving was definitely the scariest thing I've ever done.
Let me ask you this question in regards to the skydiving: what is the point of the helmet in the skydiving? Can you kinda make it?
You jump out of that plane and that chute doesn't open, the helmet is now wearing YOU for protection.
Later on, the helmet's talking with the other helmets:
"It's a good thing he was there or I would have hit the ground directly. You never jump out of a plane unless you got a human being strapped underneath you, that's basic safety."

There are many things we can point to as proof that the human being is not smart.
The helmet is my personal favorite.
The fact that we had to invent the helmet...
Why did we invent the helmet? Well, because we were participating in many activities that were cracking our heads. We looked at the situation, we chose not to avoid these activities, but to just make little plastic hats so that we could continue our head-cracking lifestyles.
The only thing dumber than the helmet is the helmet law, the point of which is to protect a brain that is functioning so poorly that it's not even trying to stop the cracking of the head that it's in.

--

My favorite sport/high-risk activity is teaching chatty teenagers.
What's yours?

Rafa

domingo, 11 de março de 2007

Stand-up comedy I

[Jerry Seinfeld, live on Broadway]

Men and Women

- I know I will not understand women. I know I will never be able to understand how a woman can take boiling hot wax pour it on her upper thigh and rip the hair out by the root... and still be afraid of a spider. I'm not spending anymore time working on that.
And I know women don't understand men. I know there are women looking at me right now going:
"I wonder what goes on in that little brain of his... I bet you I could manipulate that brain."
I bet you you could.
I bet you women would like to know what men are really thinking... the truth, the honest truth. You wanna know what men are really thinking? 'Cause I could tell you. Would you like to know? Alright, I'll tell you: Nothing. We're not thinking anything. We're just walking around, looking around. This is the only natural inclination of men. To just kinda check stuff out. We work because they force us to, but other than that, this is the really only thing we wanna do.
We like women, we want women. But that's pretty much as far as we've thought. That's why we're honking car horns, yelling from construction sites... These are the best ideas we've had so far.

Why do men behave in these ways? Why are we rude, obnoxious, getting drunk, falling down, peeling rubber, making kissing noises out the window? Why are we like this?
I know what you ladies are thinking:
"No, no, not my guy. I'm working with him, he's coming along."
No, he's not. He's not coming anywhere. We, men, know no matter how poorly we behave, it seems we will somehow end up with women anyway. Look around this room. Look at all the men you see with lovely women. Do you think these are special men? Gifted men? One of a kind men? They're the same jerks and idiots that I'm talking about. They're doing just fine.

Men, as an organization, are getting more women than any other group working anywhere in the world today. Wherever women are we have men looking into the situation right now. We explored the Earth looking for women. Even went to the moon, just to see if there were any women there. That's why we brought that little car. Why would you bring a car, unless there's some chance of going on a date?
What the hell were they doing with a car on the goddamn moon? You're on the Moon already! Isn't that far enough? There is no more male idea in the history of the universe than:
"why don't we fly up to the Moon and drive around?" That is the essence of male thinking right there.

All men kinda think of themselves as low-level super-heroes, in their own world. I'm not even supposed to be telling you this. But when men are growing up and they're reading about Batman, Spiderman, Superman... these aren't fantasies, these are options. This is the deep inner secret truth of the male mind.
I'll give you a perfect example of what I'm talking about. Did you ever see a guy, out on the highway, moving a mattress tied to the roof of the car? Without fail, he's got the arm out the window holding the mattress. This is a classic male-idiot super-hero thinking. This moron believes that if the wind catches this huge rectangle at 70 miles an hour... "I got it! I got it! Don't worry about it. I'm using my arm!".

But I'm sure there're many dates going on in this room right now... Dating is not easy, what is a date really but a job interview that lasts all night? The only difference between a date and a job interview is that not many job interviews there's a chance you'll end up naked at the end of it.
"Well, Bill, the boss thinks you're the man for the position, why don't you strip down and meet some of the people you'll be working with?"
Sex doesn't make anything any easier. It only makes it more complicated. Women have two types of orgasms: the actual ones and the ones that they make up on their own. And I can give you the male point of view on this which is: we're fine with it. You do whatever the hell it is you gotta do.
To a man, sex is like a car accident anyway. And determining a female orgasm is like being asked:
"What did you see after the car went out of control?"
"Well, I remember I heard a lot of screeching noises, I was facing the wrong way at one point, but in the end my body was thrown clear."

--

Gotta love this man though!

Rafa

segunda-feira, 19 de fevereiro de 2007

Problemas do Carnaval

Leia o enunciado do problema e escolha a alternativa correta para responder à pergunta proposta.

17/Fev, Sábado de Carnaval. 8h30, despertador. 9h, café da manhã. 9h30, banho. 10h, primeira dose de vodka. 10h30, segunda dose de vodka. 11h, terceira vodkinha. 11h30, serra limpa. 12h, "ta jah na hora de ir, amiga!". 12h30, "bora descer". 13h, congestionamento. 13h30, olinda, smirnoff ice. 14h, mercado da ribeira. 14h30, bonfim, smirnoff ice. 15h, smirnoff ice. 16h, branco. 17h, sé. 17h30, dor de cabeça. 18h, casa, banho, almoço. 19h, cochilo. 21h, despertador. 21h30, banho. 22h, primeira vodkinha [...]

Pergunta: Será que meu fígado, minhas pernas e meu estômago vão sobreviver a esse Carnaval?

a) Não, nunca. Reserve seu leito no Santa Joana para a quarta-feira.
b) Só se você parar agoraaaa e só retomar no próximo ano.
c) Sim, vão. Profissionalismo garante isso.
d) NDR. Pra quê perder tempo pensando nisso se ainda é Carnaval??






[gabarito --> d.]


Rafa

quinta-feira, 15 de fevereiro de 2007

Filosofo. Logo, existo.


- É pior condenar um inocente ou absolver alguém culpado?
- Putz! A eterna dicotomia indivíduo-sociedade (...)


[Achei "O mundo de Sofia", que, há tempos - desde que o li - não via, ontem aqui no quarto. Não consegui não abrí-lo e dar uma olhadinha. Eis o resultado. Aliás, a falta de resultado.

Pq algumas questões são tão mais válidas na discussão? Uma resposta apenas tiraria todo o seu valor.]


Rafa

sexta-feira, 9 de fevereiro de 2007

Pra ser MAIS sincera - versão 2007.

Dois mil e sete já vem quase com dois meses passados e só agora eu parei pra escrever minhas resoluções de ano novo. Bom sinal. 2007 tá prometendo.


1. Esse ano, eu só vou cometer erros novos. Eu tenho uma tendência muito chata de cometer o mesmo erro mais de uma vez (você também?!). Bem, não mais. Esse ano eu faço questãooo de cometer ERROS NOVOS!

2. Sempre, sempre, sempre, sempre, pensar "Por que não?" e dizer "SIM". Apenas quando houver 3 respostas aceitáveis para aquela pergunta, dizer "não".

3. Aprender a dizer "nem fodendo". Exatamente. Espertos, ouçam bem: esse ano, o sim já é quase garantido... QUASE. Se você ouvir um "não", no entanto, encare-o como um "NEM FODENDO", se não quiser ouvi-lo com todas as letras.

4. Eu passei 14 anos querendo ser inteligente. Depois 8 querendo ficar mais burra. Já deu, né? Agora vamos voltar ao processo natural de querer melhorar. Já abri espaço demais na caixola.

5. [em branco. isso mesmo. esse ano eu vou me permitir deixar as coisas assim: blank. pra que resolver tudo o tempo todo na minha vida? não, não. esse número 5 é a decisão que me permite não ter que decidir - sim, sim, eu sou uma daquelas pessoas que se libertasse o gênio da lâmpada usaria o 3o desejo para pedir mais desejos.]

Feliz março, abril, maio, junho, julho, agosto, setembro, outubro, novembro e dezembro de 2007.

Rafa

domingo, 21 de janeiro de 2007

Oush, lembro não. Pera q eu vou ler de novo.

[A conversa]

Carlos puxa conversa:
Ei, viciada. Tais lendo o q agora?

Rafa responde:
AINDA estou lendo "Notícia de um seqüestro", de García Márquez. To na fase da economia, sabe? Qnd vc começa a sentir q o livro vai acabar e vai desacelerando, lendo menos a cada noite, tristíssima com a ideia de q ele vai acabar. Ou soh quem faz isso sou eu??

Carlos pergunta:
E qual vai ser o proximo?

Rafa explica:
Bom... A seguir, vou ler "Assessoria de encrenca", de Gilda Mattoso, já comprado (pelo pai).

Carlos pensa:
Ummmm...

Rafa se lembra/entende:
Ei! E eu nao sou viciada nao. Eh um habito soh.


[A retratação]

Depois de rever essa conversa, eu cheguei à conclusão inevitável de q ler é, de fato, muito mais q um hábito. É um vício.
Isso mesmo. Eu e outros da minha espécie temos a necessidade de ler, de estar lendo. Afinal, o ato de ler é irresistível.

[Uma explicação rápida ainda neste tema]

1o. A idéia de decifrar as letrinhas já é por demais atraente. Quão genial é esse código que imortaliza e transmite pensamentos? Não é à toa q só aquilo depois do surgimento dele é chamado de "História". Aparentemente, não éramos nada sem ele.

2o. Eu sempre quis ter superpoderes. E a leitura é o mais próximo de um superpoder q eu consegui chegar. Lendo, eu me transporto pra outros mundos, mergulho nas mentes alheias, exploro outros universos.

3o. Eu sinto a necessidade de ler TUDO (isso mesmo, TUDO!) o q cai em minhas mãos. Ora, se está escrito, registrado, deve ser relevante. E além do mais, está logo alí, ao alcance de meus olhos, q estão ociosos aqui...
Eu leio livros, revistas, bula de remédio, pacote de biscoito, contra-capa de cd, legenda (mesmo em filme nacional), blogs de estranhos, instrução de montagem de aparelhos q já montei 49 vezes, rótulo de bebida e até mesmo as teclinhas do teclado que dizem "insert", "home", "end", etc., tantas quantas forem as vezes q eu sento na frente do pc.

[O problema real desta conversa]

Leia novamente a conversa acima.

Leu?

Pronto. Então vc deve ter notado minha demora em responder ao "viciada" hostil desse amigo. Ótimo. Os q convivem mais estão cientes q eu passo por um momento difícil, memory-wise. O qual, inclusive, costumam chamar de alzheimer's visual. Sim, sim, isso eh pq ele se limita mais à minha memória visual. Eu lembro pouquíssimo do q vejo, ou leio. É fácil lembrar das sensações e das minhas conclusões (facílimo) mas "ipsis literis" é uma expressão q eu não poderia usar.

[A relevância da conversa]

Bom. Eu me dei conta que nós, viciados, lemos SEMPRE e esquecemos MAIS FREQÜENTEMENTE AINDA.
Ora, claro! Do contrário, pra que ler de novo? Por que nos privaríamos do prazer indescritível de ler/reler algo?

[O point do post]

Alzheimer's visual não. O que eu tenho é uma sede infinita de leitura. Antes vício que doença.

;)


[Atenção 1]

Pra ter lido até aqui, vc é do meu time, dos viciados nas letrinhas.

E concordou comigo, né? Eeeeh... Incrível como as pessoas acreditam em tudo que possa ser usado como desculpa a favor delas.

[Atenção 2]

Era pra esse post terminar de uma forma mais interessante.
Só q eu JU-RO q num lembro pq comecei a escrever ele... aih fica difícil.
E olhe q eu já li ele 6 vezes.

:*

Rafa

terça-feira, 9 de janeiro de 2007

The Oracle of Starbucks

Link bestão, porém deveras preciso: http://www.buttafly.com/starbucks/index.php

O meu double grande low-fat milk, no cream, sugar, extra hot mocha latte:

Personality type -> High Maintenance

You pride yourself on being assertive and direct; everyone else thinks you're bossy and arrogant. You're constantly running your mouth about topics that only you would find interesting. Your capacity for wasting other people's time is limitless. Your friends find you intolerable, that's why they're plotting to kill you.

Also drinks: Water. Bottled, chilled, with four ice cubes, a twist of lemon, in a crystal glass.
Can also be found at: Trendy martini bars


* Pronto! Os pentelhos de plantão agora podem substituir o famoso "spoiled brat" pelo "high maintenance" acima.

** Sobre a parte em negrito -> eu num tenho culpa se as pessoas nao querem escutar sobre Chico Buarque. Deviam! [Comentario meu q eu acabo de perceber q confirma a parte em itálico do texto]

*** E eu sou bastante direta sim. E breve. Exceto aqui no blog. Veja hj por exemplo. Eu pensei: "interessante esse link... vou postar la no blog... ctrl+c, ctrl+v... nao vai levar mais d 12 segundos". 12 minutos depois... ta pronto o micro-nao-tao-micro post.

Rafa